Renan avisa a Levy, que avisa a Dilma, sobre MPs
   28 de abril de 2015   │     18:56  │  2

Brasília – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para pedir empenho visando a aprovação das Medidas Provisórias 664 e 665.

   As duas MPs miram diretamente o trabalhador, ao mexer no seguro-desemprego e no pagamento de pensão por morte, respectivamente.

   São mexidas que visam ajustar as contas do governo, no esforço hercúleo para segurar a inflação e acalmar o mercado externo. Filosoficamente o governo está correto, mas tem o porem: é imperioso fazer primeiro o dever de casa.

   O senador Renan foi direto ao assunto, ou seja, ao dever de casa que o governo não fez, numa referência indireta de que, sendo assim, o governo não pode exigir sacrifício de ninguém, especialmente dos trabalhadores.

   O ministro Levy disse a Renan que é necessário se fazer o ajuste fiscal, ao defender a aprovação das duas MPs, e ouviu de Renan o seguinte:

   – “Esse ajuste não é um ajuste fiscal, ajuste fiscal tem que cortar no Estado. Esse é um ajuste trabalhista e, como ajuste trabalhista, a presidente ( Dilma ) está tendo dificuldade de falar no 1º de maio, porque a conta ( do ajuste ) não pode ir para o trabalhador”.

   O ministro da Fazenda ouviu em silêncio a ponderação de Renan e não levou para Dilma, ao sair da reunião com o presidente do Senado, a convicção de que as duas MPs serão aprovadas com facilidade.

   De fato, não está sendo fácil. Algumas pessoas estão dizendo que a Dilma não vai falar à nação no dia 1º de maio temendo o panelaço e vaia, mas não é por isso. A Dilma não vai falar porque teria de explicar a proposta dessas duas MPs.

   Basta lembrar que a fala dela seria gravada e editada, ou seja, não seria nada ao vivo. E o panelaço, já se sabe, é promovido pelas “viúvas do Aécio” com quem ela terá de conviver até o último dia do seu governo.

   E, se isto não bastasse, tem a questão da quilométrica dívida de bancos particulares, entre eles o Bradesco do ministro Levy, e empresas particulares que soma 357 bilhões de reais, dívida esta acumulada desde 1998 e que não se cobra porque os conselheiros encarregados de cobrá-la são na maioria os próprios devedores.

   Como atenuante, para o governo, tem o fato de que tudo isto se originou e se consolidou no governo Fernando Henrique Cardoso. Mas, o atenuante não justifica esquecer de cobrar a dívida, principalmente no momento em que o governo pede o sacrifício do trabalhador.

   E foi por isso que o senador Renan chamou o ajuste fiscal de “ajuste trabalhista”. Acertadamente.

COMENTÁRIOS
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  1. Philipe

    Bob sei como foi difícil escrever este post, vc se dividiu entre quem paga a papa e quem me dá farinha pra encher o saco dos outros contando lorotas!!!! é meu amigo acho que jaja a boquinha vai acabar!!!

  2. Glorioso

    Te cuida PTralha pois sua boquinha está chegando ao fim! Vem aí a “Marcha de 100 Mil Trabalhadores”, para pressionar os políticos a aceitar o pedido de impeachment do governo do PT(Partido dos Trancafiados).

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