Monthly Archives: abril 2015

Renan critica a ampliação da terceirização do serviço público
   30 de abril de 2015   │     19:47  │  4

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros, criticou a proposta para ampliação da terceirização do serviço público e propôs o pacto nacional em defesa do emprego, diante da situação econômica que o país atravessa.

– “Espero que a presidente Dilma compre essa ideia pelo pacto nacional em defesa do emprego” – acrescentou.

Renan não quer polemizar com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que ameaçou engavetar os projetos do Senado caso o Senado não decida logo sobre o projeto de terceirização do serviço público.

Mas a posição de Renan é clara; ele defende a regulamentação do serviço terceirizado, mas é contra a proposta vinda da Câmara que amplia a terceirização no serviço público por considerá-la nociva à classe trabalhadora.

Nos moldes em que foi aprovada na Câmara e é defendida pelo deputado Eduardo Cunha, o presidente do Senado discorda e deixou claro que o Senado vai modificá-la.

Trata-se sem dúvida de risco.

Cercado por jornalistas que cobrem o Congresso Nacional, Renan voltou a sugerir cautela à presidente Dilma na condução das propostas de ajustes da economia para evitar que a conta recaia na classe trabalhadora.

– “O governo precisa dar o exemplo cortando na própria carne” – disse.

E uma das propostas que Renan apresentou a presidente Dilma é exatamente a redução do número de ministérios dos atuais 38 para 20. Trata-se do exemplo positivo do governo antes de propor mais sacrifícios à população na busca do ajuste fiscal.

No 1º de maio, feriado do Dia do Trabalho, o governo não tem o que comemorar e o senador Renan observou que a presidente Dilma não tem como se dirigir à classe trabalhadora.

 

Ela deletou o Eduardo, mas não abre mão do Suplicy
   29 de abril de 2015   │     18:35  │  11

Brasília – Derrotada três vezes dentro do PT, a senadora Marta Suplicy seria derrotada mais uma vez e para evitar a quarta derrota decidiu deixar o partido.

E para não dar na vista, ela deixou o PT atirando. Ou, como se diz, cuspindo no prato que comeu durante mais de 20 anos.

Quem não sabe o verdadeiro motivo da Marta deixar o PT será novamente enganado; quem sabe o motivo já vai errar mais.

A Marta não deixou o PT por decepção, como ela sustenta, assim como a Marina Silva também não deixou o partido por discordar do rumo que o PT estava tomando, como ela enfatizou.

Ambas são artistas especializadas em ilusionismo político.

O verdadeiro motivo de a Marta deixar o PT é que ela quer disputar a Prefeitura de São Paulo e o PT não concorda, porque o candidato à reeleição é o Haddad.

Do ponto de vista do interesse pessoal ela está certa; afinal, é legítimo e inerente ao ser humano almejar o degrau acima.

O que não é legitimo é o disfarce, o engodo, o blefe.

A Marta se separou do marido, mas não se separou do nome dele. Mas quer se separar definitivamente da militância e se eximir da responsabilidade nos erros do PT.

Tolinha, essa Marta

A Marta, igual a Marina, queria que o apoio do Lula para disputar a presidência da República; depois, a Marta queria o apoio do Lula e da Dilma para disputar a Prefeitura de São Paulo e também não obteve.

Finalmente, a Marta queria o apoio do Lula e da Dilma para disputar o governo de São Paulo e a opção do PT foi pelo ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

E ao ter certeza de que o Haddad é candidato à reeleição, ela concluiu que se permanecer no PT corre o risco de não se reeleger senadora.

Ou seja, a saída da Marta do PT não tem nada a ver com a indignação nem o compromisso com a lisura. Do mesmo modo que, por conveniência social e política, ela não abriu mão do Suplicy no nome, por conveniência pessoal e política ela deixou o PT.

Mas, deixar o PT cuspindo no prato que comeu só se compara a manter o sobrenome do marido que ela descartou.

 

 

 

Viúvas do Aécio querem derrubar governo no tapetão
     │     9:09  │  9

Brasília – Esgotada todas as esperanças quanto ao terceiro turno da eleição presidencial no Supremo Tribunal Federal, as “viúvas do Aécio” partem agora para a última cartada – que é a Justiça Eleitoral.

O pedido de afastamento da presidente Dilma inclui o vice-presidente Michel Temer, claro, porque não é um pedido lastreado pela defesa da lisura e dos bons costumes, e sim pelo último e desesperado desejo de reverter o resultado legítimo das urnas.

A ação movida pelas “viúvas do Aécio” se baseia na “suspeita” de gastos exagerados da campanha e doações milionárias.

Por dever de justiça deve-se observar que a ação das “viúvas do Aécio” não conta com o apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do senador José Serra nem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A ação na Justiça Eleitoral já está tramitando, mas há quem garanta que o resultado final não sairá antes de 2018, o que significa dizer as “viúvas do Aécio” aprenderam a nadar, pra nada.

Renan avisa a Levy, que avisa a Dilma, sobre MPs
   28 de abril de 2015   │     18:56  │  2

Brasília – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para pedir empenho visando a aprovação das Medidas Provisórias 664 e 665.

   As duas MPs miram diretamente o trabalhador, ao mexer no seguro-desemprego e no pagamento de pensão por morte, respectivamente.

   São mexidas que visam ajustar as contas do governo, no esforço hercúleo para segurar a inflação e acalmar o mercado externo. Filosoficamente o governo está correto, mas tem o porem: é imperioso fazer primeiro o dever de casa.

   O senador Renan foi direto ao assunto, ou seja, ao dever de casa que o governo não fez, numa referência indireta de que, sendo assim, o governo não pode exigir sacrifício de ninguém, especialmente dos trabalhadores.

   O ministro Levy disse a Renan que é necessário se fazer o ajuste fiscal, ao defender a aprovação das duas MPs, e ouviu de Renan o seguinte:

   – “Esse ajuste não é um ajuste fiscal, ajuste fiscal tem que cortar no Estado. Esse é um ajuste trabalhista e, como ajuste trabalhista, a presidente ( Dilma ) está tendo dificuldade de falar no 1º de maio, porque a conta ( do ajuste ) não pode ir para o trabalhador”.

   O ministro da Fazenda ouviu em silêncio a ponderação de Renan e não levou para Dilma, ao sair da reunião com o presidente do Senado, a convicção de que as duas MPs serão aprovadas com facilidade.

   De fato, não está sendo fácil. Algumas pessoas estão dizendo que a Dilma não vai falar à nação no dia 1º de maio temendo o panelaço e vaia, mas não é por isso. A Dilma não vai falar porque teria de explicar a proposta dessas duas MPs.

   Basta lembrar que a fala dela seria gravada e editada, ou seja, não seria nada ao vivo. E o panelaço, já se sabe, é promovido pelas “viúvas do Aécio” com quem ela terá de conviver até o último dia do seu governo.

   E, se isto não bastasse, tem a questão da quilométrica dívida de bancos particulares, entre eles o Bradesco do ministro Levy, e empresas particulares que soma 357 bilhões de reais, dívida esta acumulada desde 1998 e que não se cobra porque os conselheiros encarregados de cobrá-la são na maioria os próprios devedores.

   Como atenuante, para o governo, tem o fato de que tudo isto se originou e se consolidou no governo Fernando Henrique Cardoso. Mas, o atenuante não justifica esquecer de cobrar a dívida, principalmente no momento em que o governo pede o sacrifício do trabalhador.

   E foi por isso que o senador Renan chamou o ajuste fiscal de “ajuste trabalhista”. Acertadamente.

Sexta-feira, a elite ariana vai trabalhar novamente
     │     11:41  │  4

Brasília – No feriado de 1º de maio, sexta-feira, a elite ariana volta a trabalhar batendo nos instrumentos de trabalho das suas escravas contemporâneas, e popularmente conhecidos como panelas.

O tempo muda!

Este ano, a elite ariana já trabalhou três vezes: dia 15 de março, dia 123 de abril e 1º de maio.

Dias 15 de março e 12 de abril, as “viúvas do Aécio” se confundiram com as “viúvas da ditadura militar”. Afinal, dia 15 de março era a data em que os generais se empossavam na presidência da República e dia 12 de abril, a data da posse do marechal Castelo Branco – que inaugurou o ciclo da ditadura.

Para a elite ariana foi um tempo bom aquele da ditadura, quando se roubava sem o risco de punição porque a censura à imprensa era implacável e o Ministério Público não existia de fato.

E quem ousasse denunciar era enquadrado como comunista, era preso e torturado.

Pau-de-arara e choque elétrico nos testículos eram afagos; negros e pobres não tinham direitos – só tinham deveres.

É até uma incoerência que, logo no dia 1º de maio, a elite ariana venha a fazer o esforço hercúleo de pegar uma panela e batê-la.

Mas, pensando bem, o 1º de maio não é o dia do trabalhador e sim o dia do trabalho e que bom que a elite ariana volte a ter contato com uma panela – que é um dos instrumentos de trabalho das suas mucamas.

Uma sugestão: que tal a elite ariana trocar a panela pela vassoura e sair limpando as sujeiras que deixa nas ruas, quando sai para passear com os seus cães?

Não é uma boa sugestão? Pensem nisso!