Monthly Archives: março 2015

Manifestação dia 12 lembrará os 51 anos de Castelo Branco
   24 de março de 2015   │     14:26  │  6

Brasília – O dia 12 de abril, a data da manifestação programada pelas “viúvas do Aécio” para pregarem o golpe do impeachment, é o aniversário de 51 anos do golpe civil-militar de 1964.

No dia 12 de abril de 1964, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco tomou posse na presidência da República e inaugurou o ciclo de presidentes militares.

A escolha do dia 12 de abril, depois da manifestação do dia 15 de março, não é aleatória nem coincidência porque a coincidência não existe.

O dia 15 de março era a data da posse dos generais-presidente depois de Castelo Branco – a exceção foi o Costa e Silva, porque morreu no poder.  

Para disfarçar, os organizadores da “quartelada-civil” do dia 12 estão pedindo para que não levem cartazes pedindo a volta dos militares nem façam alusão ao período dos governos militares.

Engraçado: na época dos governos militares quem pedia eleição livre era preso e torturado.

A lista de Schindler e a lista de Janot
   23 de março de 2015   │     17:16  │  9

Brasília – Judeu que não foi importunado por Hitler em pleno auge do nazismo, Schindler era um industrial que fabricava especialmente elevadores. Ainda hoje, quando se entra num elevador, lê-se lá: Schindler.

No auge da II Guerra Mundial e da perseguição aos judeus, Schindler usou do seu prestígio com Hitler para salvar alguns patrícios. Essa sua atuação valeu o filme “A lista de Schindler”.

Detalhe: os irmãos judeus que Schindler salvou da câmara de gás e das torturas, não por coincidência, foram empregados nas suas fábricas – que alimentavam a economia nazista.

São as contradições da história; um judeu amigo de Hitler e incrementando a economia nazista, e salvando os irmãos judeus hábeis a produzir em suas fábricas.

Coisas da vida, pois não, assim como os romanos que não sabiam distinguir Jesus apelaram para o contador Dele, Judas Scariote, e lhe ofereceram 30 moedas para que O identificasse na multidão.

Em tempo: Jesus também precisava de dinheiro, sabia? E  quem lida com dinheiro precisa de um contador, assim como Jesus também admitiu um “fiscal de rendas” ( Mateus ) e se viu depois obrigado a proferir a célebre frase “a César o que é de César e a Deus o que é Deus”, quando Lhe questionaram sobre se era justo pagar imposto à Roma dos césares – e isto, porque identificaram Mateus entre os Seus apóstolos.

Vem agora a “lista de Janot”, mais precisamente, a lista do procurador-geral Rodrigo Janot, que a imprensa descobriu ter sido combinada com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Num primeiro momento, Janot negou, mas a imprensa insistiu na notícia do encontro dele com Cardozo e aí veio outra explicação – que foi a de que se encontrou com Cardozo, mas para denunciar que estava sendo ameaçado. O detalhe, é que o mandato de Janot está terminando e dizem que ele quer permanecer no cargo.

Convenhamos que a lista com nome de políticos citados na Operação Lava Jato foi confeccionada antes da a Polícia Federal concluir a investigação. Aí, só repetindo Jesus para dizer: a Janot o que é de Janot e à Polícia Federal o que é da Política Federal – ou seja: a investigação abalizada.

Suruagy promoveu a sargento, o PM que lhe prendeu
     │     9:52  │  8

Brasília – Em 1975, quando ingressei no curso de Economia da Ufal, o reitor Manoel Ramalho convidou o então governador Divaldo Suruagy para fazer uma palestra para toda Área III, que funcionava no Campus Tamandaré, no Pontal da Barra.

O Suruagy, que era formado em Economia, contou que na época de estudante participou de uma manifestação contra o aumento dos subsídios dos deputados estaduais, que foi aprovado pela Assembleia Legislativa.

A polícia reprimiu a manifestação, como já era esperado, e ele (Suruagy) se desentendeu com um PM que lhe apontou o fuzil. Os dois discutiram e o PM deu-lhe voz de prisão.

Anos depois, já governador, o Suruagy recebeu a lista de promoção para sargento da PM e lá estava o nome do seu desafeto – que pleiteava ser promovido. E foi. O Suruagy contou que o militar com quem se desentendeu estava às vésperas de ir para a reserva e a promoção iria aumentar o seu soldo.

Eu transformei o relato numa matéria jornalística e, na condição de repórter II e correspondente do Jornal do Brasil, enviei-a para o JB – que publicou na 3ª página, com destaque e o título: Suruagy promove a sargento, o PM que lhe prendeu.

Anos depois, o jornalista e professor da PUC- Rio de Janeiro, Juarez Baia, que era o editor nacional do JB e chefe dos correspondentes nacionais, visitou Maceió e pediu-me que arranjasse uma audiência com o Suruagy, pois gostaria de conhecê-lo. Apelei para o jornalista José Osmando, que conseguiu o encontro com o convite para que o Juarez viesse tomar o café da manhã no palácio.

O Suruagy era assim.

Em 1979,  ele poderia ter sido senador logo após deixar o governo, mas só havia uma vaga e ele se moveu pela gratidão ao major Luiz Cavalcante – que lhe lançou na política e pleiteava a reeleição.

Em 1994, eleito governador  pela terceira vez e com uma votação expressiva, por lealdade ao ex-presidente Ernesto Geisel, que lhe pediu para nomear  secretário o ex-diretor da extinta Salgema, José Pereira, pagou o preço amargo – o José Pereira deu o golpe dos precatórios, quebrou o Estado, e sumiu.

Em tempo: o José Pereira é português e nunca mais foi visto no Brasil.

R$ 500 milhões no Trensalão tucano
   21 de março de 2015   │     18:35  │  28

Por Aprígio Vilanova*

A 4ª Vara da Fazenda Pública paulista aceitou, ontem (20), a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra 11 empresas acusadas de formação de cartel nos contratos com o Metrô e a Compainha Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

O novo processo no caso conhecido como trensalão tucano compreende de 2002 a 2008. Na época São Paulo foi governado por Geraldo Alckmin, Cláudio Lembo. e José Serra. Mas, segundo o próprio MP, o cartel operou de 1998 a 2008.

O MP pede a devolução dos valores dos contratos com a CPTM e a dissolução de dez empresas. O processo coloca como rés as empresas Siemens, Bombardier, Alstom, CAF, Temoinsa, Mitsui, MGE, T´Trans, Tejofran e MPE.

O MP estima que, somados os valores dos contratos viciados e a multa, meio bilhão de reais retornem aos cofres do governo estadual. O modus operandis do esquema é semelhante ao do petrolão.

Pagamento de propina por parte das empresas para os agentes públicos com a finalidade de firmar contrato com o governo.

E já encontraram contas bancárias do esquema do trensalão nas investigações do escânda-lo do HSBC conhecido como Swissleaks. Agora parece que não tem mais retorno, é pedir a cobertura midiática na mesma proporção do Petrolão e que as investigações ultrapassem os muros das compainhas.

*graduando em Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto – MG

Por que o dia 12 de abril? Entenda o significado da data
   20 de março de 2015   │     19:02  │  17

Brasília – A história só se repete em forma de tragédia ou de farsa, e isto é fato que se conhece, ó, desde quando o Mar Morto ainda estava vivo.

Já falamos sobre a manifestação do dia 15 de março e a coincidência de ser essa a data que os militares do golpe civil-militar de 1º de abril de 1964, escolheram para a posse na presidência da República – a única exceção foi o marechal Costa e Silva, porque morreu antes.

Os demais, Geisel e Figueiredo, tomaram posse no dia 15 de março. O general Medici não tomou posse no dia 15 de março, devido a morte do Costa e Silva surpreender o calendário, mas entregou o governo ao Geisel no dia 15 de março.

E a próxima manifestação convocada pela elite ariana querendo repetir o calendário do golpe de 1964 está marcada para o dia 12 de abril, que foi a data em que o marechal Castelo Branco foi eleito presidente da República para tomar posse – adivinha… -, no dia 15.

Não podemos esquecer que a data para o golpe de março de 1964 era 4 de abril, mas o general Carlos Guedes se opôs porque naquele dia a lua estaria em quarto minguante e ele não sairia para brigar quando a lua estivesse nessa fase.

Segundo as convicções do general, a lua nesta fase dá azar.

Já dissemos que coincidência só poderia existir se dois corpos pudessem ocupar o mesmo espaço, ao mesmo tempo. E como não pode, então, nada coincide com nada e tudo é produto de planejamento.

Daí, a próxima manifestação promovida pela elite ariana para o dia 12 guarda essa relação histórica. Para os golpistas que pregam o impeachment, sobraram apenas as panelas porque o golpe militar é impossível.

É impossível porque não tem mais “o ouro de Moscou” e, sobretudo, porque os Estados Unidos reataram relações comerciais com Cuba.

Sobraram apenas a caduquice dos saudosistas irrecuperáveis e os batuqueiros de panelas arrematadas da labuta das empregadas domésticas, as ex-escravas tratadas preconceituosamente como “niquimbas”, e que hoje precisam ter a Carteira de Trabalho assinada.

Senão…