Monthly Archives: janeiro 2015

É o bolivarianismo neoliberal
   31 de janeiro de 2015   │     3:11  │  6

por Aprigio Vilanova*

Na campanha pré-eleitoral o discurso do perigo bolivarianista representado pela candidatura da presidente Dilma Rousseff imperou na grande mídia brasileira e até internacional. O terror midiático foi a tônica da campanha presidencial.

– O Brasil vai virar Cuba!

Este foi o bordão de uma moda que no Brasil não sai de moda. Foi assim, também, com João Goulart. Com as reformas de base anunciadas por Jango na década de 60, a mídia adotou o discurso da comunização do país e sabemos no que deu.

Com os 12 anos do governo petista o fantasma golpista, esse mesmo que impulsionou o golpe civil-militar de 64 reaparece repaginado com um certo ar de modernidade, só que agora o perigo é o bolivarianismo.

O ministro Joaquim Levy adotou algumas medidas neoliberais defendidas pela oposição durante todos esses anos de governo petista. Mas ao adotar medidas de política econômica mais austera a mídia e a oposição se revelaram.

O que impera mesmo é o discurso irresponsável do terrorismo travestido de notícia.

* é graduando da Universidade Federal de Ouro Preto – MG

Ninguém podia fazer diferente, Pedro Bó
   29 de janeiro de 2015   │     18:35  │  6

A república brasileira é produto de um golpe militar e, pior ainda, sem ideologia. O mais grave é que a república brasileira nasceu de uma dor de cotovelo do marechal Deodoro e isso explica o motivo de o país ter conhecido várias repúblicas.

República Velha, República Nova e Nova República, e todas elas originárias de um golpe – as duas primeiras originárias de golpes militares e a terceira de um golpe civil, com aval militar.

Nunca, na história do país, se conheceu período tão longo de estabilidade política e econômica. A estabilidade econômica, com o plano real, se deve às ações do presidente Fernando Collor, que garantiu o lastro para a criação da nova moeda.

O presidente Collor deixou 60 bilhões de reais de reserva em dois anos no poder.

A presidente Dilma, assim como os presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula, são  os beneficiários das ações adotadas por Collor, inclusive, na abertura da economia á competitividade com o fim da reserva de mercado.

Hoje se compra computador em supermercado, por exemplo, e os carros nacionais não são mais carroças. Depois de mais de mais de 30 anos de estabilidade, é chegada a hora de se ajustar os passos para não perder o rumo na nova caminhada.

E o que o governo está fazendo agora, nesse segundo mandato, é exatamente acertar os passos. E qualquer que fosse o governo, ninguém faria diferente do que o ministro da Fazenda Joaquim Levy está propondo.

Quem os carbonários caetés querem queimar mesmo?
   28 de janeiro de 2015   │     2:09  │  7

Mais uma viatura policial é queimada em Alagoas e a pergunta agora é: quem eles querem desestabilizar?

Quatro viaturas da Polícia Militar em Palmeira dos Índios e agora uma viatura da Polícia Civil em Inhapi arderam em chamas, sem que se saiba até agora quem ateou fogo.

Só uma coisa é certa:  os “carbonários caetés” querem atingir alguém, só não se sabe se ao governador Renan Filho ou o secretário Alfredo Gaspar de Mendonça.

Outra coisa também é certa: trata-se de ação orquestrada; ninguém sai por aí ateando fogo em viaturas policiais só porque não gosta da polícia.

Tem algo no ar, além dos aviões de carreira.

São Paulo na seca é bom para o tucano
   26 de janeiro de 2015   │     20:41  │  20

A água é da responsabilidade dos governos estaduais. Na crise de abastecimento em São Paulo, onde o PSDB manda e desmanda há mais de 20 anos, o governador Geraldo Alckmin relutou em reconhecer a crise no fornecimento.

E por que relutou?

Porque não tem como culpar o governo federal. O mais grave é que, sem água, não tem como gerar energia hidráulica e aí a crise se amplia sob o efeito dominó.

Sem poder culpar o governo federal e sem poder apagar os mais de 20 anos no poder em São Paulo, o governo tucano se vê obrigado a dar uma trégua no seu discurso eleitoreiro. Nada mais lógico, porque contra fatos não há argumentos.

São Paulo enfrenta uma seca histórica. Mas, pensando bem, é pertinente porque dizem que o tucano não gosta de tomar banho. Será verdade?

O fogo amigo contra o ministro da Fazenda
   25 de janeiro de 2015   │     20:37  │  9

 

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está enfrentando a mesma oposição que o ministro da Fazenda Henrique Meireles enfrentou no governo Lula. Ou seja, a oposição do fogo amigo – que dispara para trás.

A mesma ala do PT que se rebelou contra Meireles se rebela agora contra Levy. A história se repete e é imperioso que a presidente Dilma repita o presidente Lula e não dê ouvidos nem ceda à pressão.

Oriundo da iniciativa privada, mais precisamente do Bradesco, o ministro da Fazenda é conhecido pela avidez da tesoura para cortar gastos, enxugar as contas e racionalizar as despesas.

O mais interessante é que não há outro caminho e qualquer que fosse o governo, a receita é única. Aliás, o ministro Levy é um dos autores do programa econômico do candidato Aécio Neves, o que equivale dizer que a oposição não pode se queixar das medidas.

O grande problema que o governo enfrenta é exatamente na base aliada e, para agravar, capitaneada pela ala do PT que sempre está insatisfeita com a política econômica.

Some-se a isso a crise na produção de energia elétrica e de água. Cabe ressaltar que essa crise é herança do governo Fernando Henrique Cardoso, ou seja, o dever de casa que não foi feito e se repete em forma de tragédia.