por Aprigio Vilanova*
Na campanha pré-eleitoral o discurso do perigo bolivarianista representado pela candidatura da presidente Dilma Rousseff imperou na grande mídia brasileira e até internacional. O terror midiático foi a tônica da campanha presidencial.
– O Brasil vai virar Cuba!
Este foi o bordão de uma moda que no Brasil não sai de moda. Foi assim, também, com João Goulart. Com as reformas de base anunciadas por Jango na década de 60, a mídia adotou o discurso da comunização do país e sabemos no que deu.
Com os 12 anos do governo petista o fantasma golpista, esse mesmo que impulsionou o golpe civil-militar de 64 reaparece repaginado com um certo ar de modernidade, só que agora o perigo é o bolivarianismo.
O ministro Joaquim Levy adotou algumas medidas neoliberais defendidas pela oposição durante todos esses anos de governo petista. Mas ao adotar medidas de política econômica mais austera a mídia e a oposição se revelaram.
O que impera mesmo é o discurso irresponsável do terrorismo travestido de notícia.
* é graduando da Universidade Federal de Ouro Preto – MG