Brasília – Disse-me um agourento opositor que, apesar do anúncio dos novos comandantes da área econômica no segundo mandato da presidente Dilma, o resultado da bolsa foi desfavorável.
Respondi-lhe que foi desfavorável porque o anuncio se deu concomitante com o feriado nos Estados Unidos.
A escolha de um executivo banqueiro para o Ministério da Fazenda deveria calar os que ainda não digeriram o resultado da eleição. O ex-diretor do Bradesco, Joaquim Levy, segue a linha “Keynesiana” que recomenda menos ingerência do governo no mercado.
Isto pode parecer uma contradição no governo petista, mas para mim é sabedoria e mostra que o governo do PT não fez história por acaso. Sim, porque nunca, na história deste país, um partido conseguiu se reeleger por mais de dois mandatos consecutivos.
E o PT está entrando no quarto mandato e se a oposição se mantiver tão simplória quanto tem sido até agora, o Lula volta.
Aliás, por falar na oposição, o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), procurou o senador Renan Calheiros para pedir desculpas pelo comportamento que beirou a histeria durante a votação da proposta para se mudar o cálculo do superávit.
E o presidente do Senado apenas riu.
Essa histeria que é própria do eleitor tucano, ou anti-PT, tem contaminado a oposição no Congresso Nacional. Mas a oposição sabe que o governo deu o nó cego quando convidou para os ministérios econômicos o Joaquim Levy e o Nelson Barbosa.
Para quem não sabe, tome nota: o Joaquim Levy é um dos autores do projeto econômico do Aécio Neves, para a presidência da República.
E agora, José? O que a oposição tem a dizer?
Para quem atravessou a turbulência causada pelos desencontros do ministro Guido Mantega consigo mesmo, o que virá é lucro liquido e certo. E quem sabe a histeria da oposição se deve ao fato de que não seria diferente caso o Aécio tivesse vencido a eleição.
Já sei! Deve ser por isso.