Roubaram as armas da polícia no quartel. Ai, égua…
   29 de outubro de 2014   │     14:32  │  2

Brasília – Vinte pistolas do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro foram roubadas dentro do quartel.

Mas isto não é novidade; na Capital Federal, também roubaram as pistolas de um batalhão da PM no Plano Piloto.

E, em Alagoas, um cabo-kamikaze denunciou corrupção num batalhão da PM.

O que esses três crimes têm em comum é a impunidade. Duvida-se que alguém será punido.

No Rio de Janeiro, um coronel recém promovido a comandante supremo de vários batalhões foi preso por corrupção.

Alguém pode estar perplexo com tudo isto, mas não deve.

E por que não deve?

Porque, com raríssimas e honrosas exceções, a polícia brasileira, de ordinário, está envolvida em corrupção e crimes em geral. E não é só a polícia militar.

Leiam o livro do grande Zuenir Ventura, intitulado “Cidade Partida”, e conclua que a corrupção policial no Rio de Janeiro é antiga; muito antiga mesmo.

Aliás, o general Amaury Kruel, que garantiu o sucesso do golpe de 1º de abril de 1964, era compadre do João Goulart, que o nomeou secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

E quando o filho do general se aliou aos contraventores para também lucrar com os crimes ( jogo de bicho, roubo de carro, tráfico, etc. ) o presidente João Goulart foi obrigado a demitir o compadre.

Mas, na verdade, não foi uma demissão e sim uma promoção; João Goulart nomeou o general Kruel comandante do II Exército, a maior tropa militar do país, sediada em São Paulo.

Infelizmente, o general Kruel terminou por consolidar o golpe que apeou o compadre do poder.

Voltando à polícia que mata e rouba, fica a pergunta: é essa a polícia que cuida da segurança da sociedade?

Se for, só resta seguir o conselho na música do Chico Buarque de Holanda e chamar o ladrão.

Acorda amor/ Eu tive um pesadelo agora/ Sonhei que tinha gente lá fora/ Batendo no portão/ Que aflição/ Era a dua/ Numa multi-escura viatura/ Minha Nossa Santa Criatura/ Chamem, chamem o ladrão, chamem o ladrão…

COMENTÁRIOS
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  1. João Alves

    Do jeito que o senhor jornalista jogou na manchete dá a entender que o fato ocorreu em Alagoas, até porque foi escrito por um colunista local, o que só ajuda a disseminar essa cultura de violência banalizada que vem predominando em nosso estado.
    Enquanto outros estados possuem vergonha dos seus índices de violência e a imprensa procura não ficar propagando isso o tempo todo, colocando o lado bom do estado acima, aqui parece que os jornalistas possuem o prazer de aterrorizar nossa população, o que só ajuda a bandidagem a achar que estão vivendo em terra sem lei.
    Com todo respeito, acho que temos o dever de fazer nossa parte e contribuir com a criação de uma nova cultura de paz pra nossa amada Alagoas, terra de tanta gente ordeira e trabalhadora, não podendo os bons viverem assustados por uma minoria criminosa.
    Vamos levantar a auto estima da nossa população. As notícias, ou a forma de passá-las também contribue com isso.

  2. alagoas nao merece voces

    AÍ, ÉGUA…. NEM O SARNEI ACREDITA NA PRESIDENTE, senador José Sarney (PMDB-AP), sempre elogiado pela presidente Dilma Rousseff e por seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, teria votado em Aécio Neves (PSDB) neste segundo turno, na disputa presidencial mais disputada da história. Imagens que seriam de uma reportagem da TV Amapá exibida no domingo à tarde que retratam o senador votando em Macapá, onde tem seu domicílio eleitoral, flagraram o momento em que Sarney digita suas escolhas na urna eletrônica.

    Militantes amapaenses aproximaram a imagem e passaram a divulgá-la. Na hora do último voto, o presidencial, é possível ver que o senador teria apertado o número 45 – de Aécio. A assessoria de imprensa do senador, no entanto, afirmou que o vídeo não é verdadeiro.

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