Os dados da Pesquisa Nacional de Amostra de domicílios (Pnad), divulgados hoje (18), mostram que Alagoas continua estagnada. Os dados são referentes ao ano de 2013.
Foram pesquisadas 1 mil 995 famílias, num total de 5 mil 461 pessoas, em 18 municípios alagoanos. Verificou-se que o número de pessoas vivendo nas cidades é quase três vezes maior que a população rural.
A renda média mensal das pessoas acima de 15 anos no Brasil ficou em R$ 1.681. Em Alagoas a renda média por pessoa é de R$ 1.052, o Estado é o terceiro pior colocado do país, só fica a frente, por enquanto ainda, do Ceará e do Piauí.
Ainda temos como agravante o fato de que a renda em Alagoas cresce abaixo da média nacional, que ficou em 5,72 por cento. A variação de crescimento da renda em terras caetés ficou em 2,53 por cento.
Brasília – Mais de um mês depois de o avião cair e matar o candidato a presidente da República Eduardo Campos, e mais 6 pessoas, a polícia ainda não localizou o dono da aeronave.
E, se não for açodamento, dificilmente descobrirá.
Agora a pergunta que não quer calar: como um avião pode decolar e aterrissar pelo país afora sem que se saiba quem é o dono? Como isso pode acontecer?
E a lei? E a documentação? E a fiscalização? E a vistoria? E o brevê? E o vinculo empregatício dos pilotos? E a justiça?
Nada. Nada disso conta e o avião até agora simplesmente não tem dono. Seria cômico se não fosse trágico – e foi trágico demais.
Um avião decola e aterrissa; um avião voa pelos céus nacionais e se abastece sem que se saiba a quem pertence!
Alguém pode explicar semelhante disparate? Alguém pode apresentar o paralelo para confrontar caso análogo na viação mundial ou isso só acontece no Brasil?
E ninguém fala mais nada, a não ser para se locupletar do emocional e usar o cadáver para amealhar votos – e, nesse particular, até a Marina se calou para sempre.
Diz alguma coisa aí, Marina. Em solidariedade a dor das famílias das vítimas, a Marina bem que poderia exigir que o dono do avião – que ela conhece – apareça e assuma a responsabilidade perante a lei.
Até porque, quem tergiversa com a lei não merece confiança.
E são muitos os argumentos para obrigar a tomar esse posicionamento. Há o argumento da honestidade, do respeito e da solidariedade às vítimas.
E, para quem é religiosa igual a Marina, há ainda a exigência cristã para aplacar a dor incurável das perdas dos entes queridos que se foram tragicamente.
Esse silêncio é que incomoda não só pela covardia, mas pela suspeita que prospera.
Brasília – Em 2001 eu era repórter da Gazeta de Alagoas e participei em Salvador do seminário sobre energia alternativa, promovido pela Petrobrás. Uma das conferencistas era a secretária estadual de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff.
A Dilma falou sobre a sua experiência como secretária de Energia no Rio Grande do Sul e os investimentos que realizou em termelétricas. No intervalo para o lanche das 15 horas eu me aproximei dela e me identifiquei.
Disse-lhe que era alagoano e que Alagoas produz 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com o detalhe: é gás dissociado do petróleo, praticamente puro, o que reduz substancialmente o custo de produção.
A então secretária Dilma Rousseff olhou para mim e respondeu com aquele seu jeito direto e curto de ser:
– Se o seu Estado produz isso mesmo que você está me dizendo e não tem uma termelétrica, desculpe-me, mas é um Estado de otários.
Concordo, mas em parte. Acho que é mais grave ainda.
Em 1981 eu viajei para Brasília com o então governador de Alagoas, Guilherme Palmeira, e fui à audiência com o ministro de Minas e Energia, Camilo Pena. Também estava presente o secretário estadual de Planejamento Evilásio Soriano.
O Guilherme lutava pela concessão da planta de PVC e MVC e sugeriu que o ministro autorizasse a divisão da planta com o Rio Grande do Sul. As alegações favoráveis a Alagoas eram muitas e a principal delas a abundância e a pureza da matéria-prima ( sal-gema).
O Evilásio propôs que, para obter o Dicloretano, a matéria-prima do Policloreto de Vinila (PVC) e do Monocloreto de Vinila (MVC), seria usado o Eteno produzido a partir do álcool, outro produto abundante em Alagoas.
O ministro Camilo Pena ouviu a explanação e depois abriu a gaveta do birô e virando-se para o Guilherme Palmeira entregou-lhe um dossiê produzido por um tal de Movimento pela Vida.
– Governador, leia isso aqui que me mandaram.
Esse tal de Movimento pela Vida mandou um documento mentiroso, sacana e covarde dizendo que o Polo Cloroquímico de Alagoas tinha sido construído numa área de mangue, em Marechal Deodoro, e que não tinha consistência.
Diante dessa declaração covarde e mentirosa produzida por maus alagoanos, Alagoas perdeu a planta de PVC e MVC para o Rio Grande do Sul.
A presidente Dilma tem razão em parte; Alagoas tem sido um Estado onde predomina a covardia. Otário não é sinônimo de covarde, mas covarde tem sido a tônica desses maus alagoanos que nos empurram para essa dança sinistra da vaca leiteira que produz leite para os outros beberem.
Brasília – Só uma coisa a Marina Silva não vai tergiversar; só uma coisa a Marina Silva não volta atrás.
E o que é?
É a defesa do Banco Central livre, leve e solto conforme o Diabo gosta.
E por que a Marina Silva não volta atrás na defesa do Banco Central livre, leve e solto conforme o Diabo gosta?
Porque é isso o que o Itaú exige em troca do apoio que lhe dá. Entendeu a ênfase do discurso da Marina defendendo o Banco Central livre do controle do governo? Captou a mensagem?
Mas, pensando bem, o Itaú é mesmo soda, seu Fócrates. E quem é a Marina Silva para deixar de atender uma exigência do Itaú, né mesmo?
A presidente Dilma Rousseff participou, ontem (12/09), da sabatina com os candidatos a presidente da República, promovida pelo jornal O Globo. A sabatina contou com a participação de vários jornalistas.
Os temas abordados pelos jornalistas foram diversos economia, segurança pública, saúde, educação. A presidente fez questão de mostrar os números do seu governo, que em várias áreas foram positivos.
Dilma Rousseff enfatizou a importância de manter a economia gerando emprego mesmo o mundo vivendo uma crise econômica. Dilma revelou que em seu governo foram gerados 5 milhões de empregos e o reajuste do salário minimo ficou sempre acima do índice de inflação.
A sabatina aconteceu logo após a divulgação da pesquisa Ibope que mostra queda de Marina e crescimento de Dilma Rousseff. Mesmo com o anúncio os jornalistas ignoraram os dados da pesquisa.
