O casamento do judeu com o protestante
   3 de setembro de 2014   │     21:21  │  6

por Aprigio Vilanova*

A campanha presidencial este ano está mesmo movimentada. Tudo se transformou após a queda do avião que resultou na morte do candidato Eduardo Campos e mais seis pessoas. Esse episódio transformou a campanha eleitoral, e até o momento ainda não foi explicado.

O tabuleiro político já estava posto, mas com a morte de Campos entra em cena Marina Silva. O desejo de Marina Silva era fundar o seu partido Rede Sustentabilidade e concorrer a eleição, mas não conseguiu a tempo para a disputa.

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou a criação da Rede por falta das assinaturas exigidas pela legislação. Com esse problema no caminho de Marina a solução foi se filiar ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e compor como vice-presidente a chapa de Campos.

A cada dia surge uma novidade na campanha de Marina Silva. Sabemos, e isto está mais que claro, que o caminho da política econômica e social do programa de Marina é mesmo para ficar preocupado. Superávit primário no teto, autonomia do Banco Central, são alguns nortes das propostas econômicas que deixam o sistema financeiro bastante feliz.

Para engrossar o caldo entra em cena o eleitor evangélico, um fator que pela primeira vez pode ser determinante em uma eleição presidencial. O eleitorado protestante representa cerca de 25 por cento do total de eleitores e o que Marina menos quer é desagradar os pastores.

A aliança em massa de pastores neopentecostais e da bancada evangélica revela o quão é complexa essa maquiagem de terceira via proposta. Marina propõe o casamento do neoliberalismo com o Neopentecostalismo. É o casamento do judeu com o evangélico, o que não faz o amor.

*é estudante de Jornalismo da Universidade federal de Ouro preto – MG

 

COMENTÁRIOS
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  1. OPOSIÇÃO

    LAVE A BOCA QUANDO FOR FALAR DOS EVANGÉLICOS,É MELHOR LER O GIBI DO PATETA,DE QUE LER SEUS COMENTÁRIOS FRACOS.

  2. Amigo do Povo

    Preocupado mesmos estamos e com a atual conduta da politica econômica petralha. Vamos ter que começar tudo de novo. Não somos uma cubinha ou uma Venezuela avacalhada ou ainda uma Argentina no buraco. A esquerda míope ainda não entendeu que a sociedade quer mudanças e queira ela ou não, as mudanças vão ocorrer. Temos que buscar nosso lugar no mundo. É melhor ser um entre os grandes do que ser o grande entre pequenos, Estamos pagando o preço por esta politicagem barata.

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