Brasília – Por que o Aécio Neves não decola na disputa presidencial?

A lógica seria o eleitor escolher o Aécio como único e verdadeiro candidato da oposição à presidência da República, uma vez que a Marina Silva é oriunda do PT e o marido dela continua como assessor do PT.

Mas, a lógica tem as premissas e as premissas podem ser falsas e verdadeiras.

Por exemplo: o homem é um animal e o cavalo é um animal, logo, o homem é um cavalo.

E não é, ainda que alguns homens se comportem como quadrúpede.

O Aécio não conseguiu empolgar o eleitorado; o Aécio não passou ao eleitorado essa imagem de opositor e, convenhamos, foi muito mal assessorado na campanha.

Nessa reta final, a julgar pelos resultados das pesquisas, o que se vê o verdadeiro candidato de oposição cada vez mais se distanciar do embate.

Se os números das pesquisas estão corretos e se não houver uma reviravolta nessa corrida final, o PSDB pode estar em processo de extinção.

Ou então, o PSDB vai se limitar a São Paulo.

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Brasília – Por que a candidata Marina Silva vem caindo pelas tabelas nas pesquisas de intenção de votos?

A resposta é simples: são as contradições da candidata.

Isto, sem falar na falta de discurso. Aliás, desse mal também padece o candidato Aécio Neves.

O fundamentalismo religioso prejudicou a Marina, mas nada lhe é mais incomodo do que a impossibilidade de manter o discurso de oposição.

Oposição a quê?

O eleitorado percebeu isto mais rápido que se imaginava e, de quebra, a Marina perdeu o apoio do segmento gay contra o qual se insurge por ordem dos “donos da verdade” aos quais ela deve obediência religiosa.

É possível que estes fundamentalistas religiosos possam garantir-lhe um lugar no céu, mas está difícil garantir-lhe a cadeira de presidente da República.

Todos esperavam que a Marina se colocasse como uma opção de avanço e cedo se descobriu que, ao contrário, é a opção do atraso.

Afina, o que a Marina iria fazer se se elegesse presidente?

Ela diz que manteria o programa bolsa família, o programa mais  médico e “todas as conquistas sociais”.

Pois se é assim, se não há outra proposta de governo para que mexer no time que está ganhando?

A entrevista da Marina à TV Globo foi decisiva para a sua queda nas pesquisas. Os que ainda esperavam um posicionamento firme se decepcionaram.

O eleitor parece que descobriu que estava na iminência de receber uma nota de 3 reais.

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por Aprigio Vilanova*

Estamos a uma semana das eleições. No Brasil existe uma intencionalidade criminosa no uso e abuso das pesquisas eleitorais.

Os números nas pesquisas têm vida própria, junta as pesquisas com a grande mídia e o resultado é catastrófico. Como diz o Bob, meu velho pai: “isso é resultado da matemática moderna, que inventa conjunto vazio e conjunto unitário”.

Travestida de ciência exata, as pesquisas eleitorais são utilizadas na intenção escancarada de manipular os incautos. A grande imprensa brasileira protagoniza um espetáculo de terror, na verdade presta um desserviço ao país e será julgada pela história.

Vejamos o caso das eleições de 2012 para prefeito em São Paulo. Até o dia da votação as pesquisas mostravam o candidato do PT, Fernando Haddad, em terceiro lugar, não ia sequer para o segundo turno.

Mas o resultado mostrou outra realidade, Fernando Haddad foi eleito prefeito de São Paulo. Uma coisa é certa nestas eleições, teremos surpresas em cinco de outubro. Qual será?

*é estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto – MG

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Brasília – O gesto mais contundente e a atitude mais racional que eu já vi até hoje contra a discriminação racial foi aquela do Daniel Alves, quando o torcedor jogou-lhe uma banana e ela descascou e comeu antes de cobrar o escanteio.

Sensacional!

E o pior gesto que eu já vi foi esse do goleiro Aranha, do Santos, ao abandonar a área de trabalho para se queixar da torcida ao juiz porque estavam lhe chamando de macaco.

É discriminação! Diz um; é racismo, diz outro. É crime! Sustentam os cheios de direito.

Não concordo com o Pelé, que saiu em defesa da torcedora escolhida para “cabra expiatória” , porque o Pelé mentiu ao dizer que na sua época também era chamado de macaco.

Não é verdade.

Por incrível que pareça, essa história de macaco só começou exatamente quando começaram os movimentos dos ativistas negros.

Eu, na condição de negro, sinto vergonha da minha raça que lutou e defende cota para negro. Eu não preciso de cota; eu passei no vestibular de Economia da Ufal em 1975 sem precisar de cota e se na época existisse cota eu teria me recusado.

E hoje eu confesso: se for me consultar com um médico negro eu antes procuro saber se ele se formou como beneficiário de cota. Se se formou eu não me consulto, mas nem de graça!

Eu não concordo com o Pelé porque para repreender o Aranha ele não precisava mentir, pois o Pelé nunca foi hostilizado por causa da epiderme. É mentira dele.

Mas concordo com a reprimenda ao Aranha. E quero dizer aos que defendem a reação do Aranha que é preciso antes saber se o macaco quer ser comparado aos humanos.

Sim, porque até agora ninguém apareceu para defender o macaco.

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Brasília – E conforme o esperado, a candidata Marina Silva não falou mal do Lula na entrevista à TV Globo.

Eu já sabia que seria assim, embora a Marina tenha saído do PT chateada porque o Lula não a indicou para sucedê-lo em 2010.

Mas, nada que não possa ser restabelecido.

Eu pergunto ao distinto público e ao Juvenal:  por que a Marina não fala mal do Lula, mas nem a Pau?

1) Porque o Lula é o cara

2) Porque a Marina sabe que o Lula sabe quem é a Marina

3) Porque a biruta não roda contra o vento

4)As três alternativas estão corretas

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