A revista Veja não é para ler. É apenas para ver
   13 de agosto de 2014   │     9:58  │  9

Brasília – O princípio básico do texto jornalístico é: nunca empregue o verbo no Gerúndio nem no Particípio Passado, principalmente ao iniciar o texto.

E o que dizer do verbo Teria, Seria, Poderia, Iria?…

Não se deve levar a sério uma publicação que comete tais deslizes e, lamentavelmente, é esse péssimo exemplo o que está grafado para a posteridade na revista Veja.

A matéria citando os senadores Fernando Collor e Renan Calheiros, “que teriam” isso e que “teriam aquilo” é a ode ao jornalismo chinfrim.

Mas, pensando bem, não haveria de ser diferente; a surpresa seria se a prática fosse outra, ou seja, se a prática fosse informar.

A revista Veja não perdoa os senadores Renan e Collor; contra o Renan tem o precedente de tê-lo execrado em 12 edições seguidas com texto e foto de capa sem atingir o objeto de apeá-lo do poder e contra o Collor amarga o prejuízo de ter de pagar uma indenização milionária por danos morais.

Está explicada essa ira da Veja contra os dois senadores alagoanos; só não está e jamais estará explicado esse erro absurdo de usar o verbo “teria, seria, iria…”

Mas, pensando bem novamente, a revista Veja não é para ler. Conforme o próprio nome sugere e garante, é apenas para ver .

E ignorar.

COMENTÁRIOS
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  1. Antonio

    Não sou eleitor de Collor nem de Renan, para que não pensem que os defendo neste espaço. Agora que o Bob tem razão, está claro que sim, já que parte de uma questão técnica do texto jornalístico. Como o jornalismo trabalha com a verdade factual, fazer suposições, “testar hipóteses” (como fez o Kamel da Globo), amparada linguisticamente em orações condicionais ou hipotéticas, é o cúmulo da irresponsabilidade de uma revista que já teve um passado. Hoje ela se sustenta na mentira e no concluio com o mafioso Carlinhos Cachoeira, além de ter escolhido Demóstenes Torres, o amiguinho do bicheiro, como guardião da ética. Revista decadente, não apura e fica no “teria sido”, “seria”. Um jornalismo sério se faz com o categórico modo indicativo: “foi”, “é”. Aos amantes de Veja: “Deus, perdoai-os: eles não sabem o que leem”.

  2. Há Lagoas

    Ao menos, você foi o único blogueiro da gazetaweb a escrever algo a respeito das “suposições.”
    Mas, minha admiração termina aqui!
    Você tem o direito de escrever, e eu de discordar.
    De qualquer forma, o tempo é senhor da razão, já que esperar por nossa justiça…

  3. Jose Carlos

    Para lustrar a cara de pau de algum jornalista puxa saco seria necessário importar muito óleo de peroba. Tenha vergonha.

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