Brasília – A falta de sorte da oposição é que o país vai parar por pouco mais de um mês, a partir de junho.
Se falta sorte à oposição é porque sobra ( sorte ) ao governo. Sobra sorte ao governo porque já tem muita gente entendendo que a proposta da CPI não passa de um palanque.
Por que não propuseram a CPI no ano passado ou em 2012?
Porque estaria longe da eleição e o fundamento da CPI não é apurar nada, até porque não dá para desmanchar o que foi feito e sacramentado; o fundamento da CPI que a oposição propõe é um palanque e o resto é figuração – inclusive, o incauto eleitorado que acredita que há sinceridade nisso.
A peleja pré-eleitoral lembra-me a música “Vaca Profana”, do genial Caetano Veloso, quando diz que “de perto ninguém é normal”.
E não é mesmo.
A maioria difere na forma e outros diferem no conteúdo, porquanto o caráter varia; uns tem caráter em excesso e outros não tem caráter nenhum.
Fica difícil de acreditar na sinceridade dos que pregam moralidade se essa pregação tem prazo de validade, ou seja, não é regra e só aparece em ano de eleição.
O governo já admite que haverá segundo turno, mas a chance de a oposição vencer a eleição está ligada à incapacidade do eleitor entender que de perto ninguém é normal.
E aí, se é ruim com a Dilma pior será sem ela.
Não é só a nível federal que isso ocorre, o desgaste do atual governo não consiste apenas em sua inércia, mas na forma como parte da mídia tem demonstrado sua fragilidade.
Sabemos que este é um dos papeis da imprensa livre no Estado democrático de direito, o divisor de águas encontrasse na ideologia pregada por quem pode se beneficiar com isso!
Ou como você argumento: “de perto ninguém é normal”.
Sobre o ultimo paragrafo de seu artigo, o que tenho a dizer com relação a nossa amada província: “ruim com Téo Vilela, pior sem ele”.