De perto ninguém é normal
   12 de maio de 2014   │     15:00  │  1

Brasília – A falta de sorte da oposição é que o país vai parar por pouco mais de um mês, a partir de junho.

Se falta sorte à oposição é porque sobra ( sorte ) ao governo. Sobra sorte ao governo porque já tem muita gente entendendo que a proposta da CPI não passa de um palanque.

Por que não propuseram a CPI no ano passado ou em 2012?

Porque estaria longe da eleição e o fundamento da CPI não é apurar nada, até porque não dá para desmanchar o que foi feito e sacramentado; o fundamento da CPI que a oposição propõe é um palanque e o resto é figuração – inclusive, o incauto eleitorado que acredita que há sinceridade nisso.

A peleja pré-eleitoral lembra-me a música “Vaca Profana”, do genial Caetano Veloso, quando diz que “de perto ninguém é normal”.

E não é mesmo.

A maioria difere na forma e outros diferem no conteúdo, porquanto o caráter varia; uns tem caráter em excesso e outros não tem caráter nenhum.

Fica difícil de acreditar na sinceridade dos que pregam moralidade se essa pregação tem prazo de validade, ou seja, não é regra e só aparece em ano de eleição.

O governo já admite que haverá segundo turno, mas a chance de a oposição vencer a eleição está ligada à incapacidade do eleitor entender que de perto ninguém é normal.

E aí, se é ruim com a Dilma pior será sem ela.

COMENTÁRIOS
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  1. Há Lagoas

    Não é só a nível federal que isso ocorre, o desgaste do atual governo não consiste apenas em sua inércia, mas na forma como parte da mídia tem demonstrado sua fragilidade.
    Sabemos que este é um dos papeis da imprensa livre no Estado democrático de direito, o divisor de águas encontrasse na ideologia pregada por quem pode se beneficiar com isso!
    Ou como você argumento: “de perto ninguém é normal”.
    Sobre o ultimo paragrafo de seu artigo, o que tenho a dizer com relação a nossa amada província: “ruim com Téo Vilela, pior sem ele”.

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