Yes! Nós temos bananas e também damos banana
   29 de abril de 2014   │     15:18  │  0

Brasília – Um Ode à banana que jogaram no campo no momento do Daniel Alves cobrar o escanteio:

Olhe a banana Nanica, olhe a banana Maça. Olhe a banana Ouro e a banana Prata; olhe a banana da Terra, Figo e São Tomé.  Olhe a banana D´Agua.

A banana foi trazida da Ásia, mas se adaptou muito bem no Brasil. Em Alagoas, por exemplo, tem o Vale da Pelada em União dos Palmares que abastece Maceió e Recife.

A banana é tão significativa no Brasil que em Alagoas incorporou-se à Geografia; em Viçosa virou até nome de localidade: Bananal.

A banana é fibra e vitamina, e também é adjetivo. Por exemplo: quando queremos amenizar a definição de escroque então dissemos que “fulano é um banana”.

Poderíamos dizer que fulano é “um filho da p…” e nos contentamos em dizer que “é um banana”.

Até pra isso a banana serve.

Também chamamos a dinamite de banana, é verdade, mas isto se dá pela semelhança do traçado; é diferente do homem banana que, de ordinário, é um escroque.

E quando nos enchem o saco o que fazem? Damos uma “banana”.

Formando um ângulo reto com um dos braços e batendo no antebraço com a outra mão, a gente envia a “banana” para o oponente esteja ele presente ou ausente – não importa; o que importante é a “banana”.

A banana é tudo isso. É alimento e, para nós brasileiros, é também descarga.

Sim, ou melhor, Yes, nós temos banana pra dar e vender. E os Estados Unidos e a União Europeia estão aí para comprar porque descobriram que a banana é vitamina que engorda e faz crescer.

Banana in natura ou frita, em forma de vitamina ou doce, já faz tempo que a banana deixou de ser exclusividade do macaco.

Mas, pensando bem, é fácil entender a reação do torcedor espanhol; a Espanha está vivendo do passado numa Europa que já descobriu que não tem mais graça nenhuma assistir touros serem imolados na arena.

Yes, nós temos bananas e macacos.