por Aprigio Vilanova*
Os sites de informação pararam de noticiar acerca das investigações sobre a morte do coronel da reserva Paulo Malhães.
O coronel reformado, Pauo Malhães, atuou durante a ditadura militar. Ele confessou, no depoimento a Comissão Nacional da Verdade, o seqüestro, a tortura e a morte de militantes de esquerda contrários a ditadura.
Paulo Malhães revelou seu envolvimento na máquina repressora da ditadura militar. O coronel confessou sua participação na morte do deputado Rubens Paiva, e chegou a indicar o local aonde o corpo foi abandonado.
Júlio Miguel Molinas Dias, gaúcho e também coronel reformado do Exército, foi morto durante uma troca de tiros ao chegar em casa, em Porto Alegre. Na residência do coronel foram encontrados documentos que comprovavam o envolvimento dele e do Exército na morte e no desaparecimento do deputado Rubens Paiva.
A Polícia Civil gaúcha encerrou o inquérito da morte do coronel como latrocínio. O inquérito policial indiciou dois policiais militares acusados de assassinar o coronel para roubar sua coleção de armas.
A morte do coronel reformado Paulo Malhães, pelo caminho que parece está determinado, segue o mesmo trajeto. O torturador Paulo Malhães foi morto de infarto, a sua morte se deveu ao roubo da sua coleção de armas, latrocínio.
Assim como aconteceu com o coronel gaúcho mataram o Paulo Malhães para roubarem a sua coleção de armas, será? Veremos o desfecho…
*é estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto – MG
Se estivesse calado na Comissão da Verdade hoje estaria vivo. O silêncio é uma grande arma de quem é considerado um grande arquivo vivo da Ditadura Militar. Quanta coisa seria posto a limpo aos poucos na Comissão. Agora ninguém terá mais acesso a informações pois outros elementos das forças armadas diante do fato calarão para sempre. Ninguem quer ser executado. Sepultaram a história com a morte do coronal Paulo Malhães.