Dilema da oposição: preservar a Dilma, senão o Lula volta
   4 de abril de 2014   │     15:25  │  0

Brasília – A oposição vive o dilema: bater no governo da presidente Dilma, mas nem tanto – senão o Lula volta.

E com o Lula na disputa a chance que com a Dilma, hoje, é remota deixará de existir; com o Lula na disputa não tem para ninguém.

Daí, o conselho que se dá de graça à oposição é ir devagar com o andor – senão, o Lula volta.

É verdade que a Petrobras fez maus negócios e não foi apenas na refinaria nos Estados Unidos, mas a questão é que deixaram os erros para tema de campanha.

A oposição sabia dos maus negócios e deixou que acontecessem para ter do que falar na campanha – pelo menos é isto o que se depreende.

Diferente do Lula, que não exerceu cargos no Executivo e podia dizer que não sabia de nada, a presidente Dilma não pode repetir o refrão. Mas, ao que parece, não foi atingida duramente tanto quanto a oposição calcula e se a eleição fosse hoje ou amanhã ela se reelegeria.

Quem sabe isso se dá pelo motivo de não haver na verdade uma candidatura de oposição; o senador Aécio Neves parece carregar o estigma do avô – que só conseguiu chegar à presidência da República pela via indireta; e o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, parece empacado e não decola.

E isto se dá porque Campos estar cuspindo no prato que comeu e comeu com apetite voraz; e a vice dele, a Marina Silva, ser uma farsa com cara de peregrina – só quem compra a Marina é quem não a conhece.

A oposição vive esse dilema de ter de encontrar um discurso, mas carregar nas tintas – senão, o Lula volta e aí…