Uma terra sem Deus, sem ordem e sem justiça tem futuro?
   24 de março de 2014   │     14:21  │  6

Brasília – Um deputado federal de Rondônia perdeu o mandato e está preso na Papuda porque desviou 8 milhões de reais quando foi presidente da Assembleia Legislativa do seu estado; outro deputado federal foi condenado por ter trocado cirurgia de laqueadura por votos.

Interessante é que desviar dinheiro público ou trocar votos por favores médicos é crime em qualquer parte do Brasil – a exceção é Alagoas; em Alagoas tudo pode, pelo menos é o que nos leva a deduzir diante de tanta impunidade.

Matar, roubar, prevaricar nada disso tem sido suficiente para se condenar em Alagoas; quando ainda assim o inquérito é concluído o processo empaca e caduca.

Sobre a reportagem do Fantástico mostrando a criminalidade impune de Alagoas, eu gastei um tempão explicando que o “cemitério” apresentado é simbólico. Só não deu para explicar a impunidade e – pior – como pessoas acusadas de crimes permanecem soltas. E ainda pior: incumbidas de combater o crime.

Fica-se a pensar se estas pessoas não estão incumbidas de combater os crimes que a família e os amigos – ou seriam cúmplices? – praticam. Só pode ser.

Por muito menos do que se desvia em Alagoas de dinheiro público, por uma verdadeira merreca que desviou da Assembleia Legislativa de Rondônia, o Natan Donadon foi condenado, está preso e chegou à Câmara Federal algemado e o uniforme de presidiário.

Não foi fácil e ainda não está sendo fácil explicar que Alagoas não é a terra da desordem, da injustiça e da imoralidade. Isto porque é imperioso e urgente que apareça alguém para mostrar ao Brasil que Alagoas não é um estado de facínoras, de sicários, de punguistas, de assaltantes…

Já se cogitou até de uma intervenção federal e não foi feita porque isto implicaria em se paralisar o país – quando a união intervém num ente federado, a nação é paralisada.

Mas ainda é tempo e, melhor, ainda temos chance de mostrar ao resto do país que Alagoas não é uma terra sem lei, sem Deus e sem justiça.

Os homens de bem de Alagoas precisam reagir porque o pulso ainda pulsa.

COMENTÁRIOS
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  1. Gutemberg Lócio

    Quem disse que aqui não tem deus,e tupã,onde é que fica nessa história? O problema é que ele não era empreendedor igual a Jeová ou Javé,como queiram chamar,aí os índios não prosperaram,diferentemente dos Judeus que tiveram orientação,incentivos fiscais e obras estruturantes,aí dominaram o mundo e o deus deles leva 10% do todo.

  2. rafael tenorio

    Por que sem deus ? o que religião tem haver ? qual a explicação sociológica, psicológica da religião na situação do estado ?que fundamento ela tem pra influenciar “pelo amor de deus”(isso é giria)?
    os paises mais top’s do mundo tem em sua maioria ateus como Noruega e Finlândia .
    O autor foi extremamente deselegante.

  3. Márcio

    Quais homens de bem? Aqui, quando há algum que assim pareça, é primo, irmão ou genro da “gangue”…
    É assim na ALE, TJ, TC, PJ… Um grande condomínio de famílias. Não há “homens-d-e bem” na elite alagoana…

      1. Carlos

        Muito bem Marcelo, desafio um ocupante de cargo de direção de Alagoas que não pratique nepotismo cruzado ou direto ou que não proteja ou seja delinquente.

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