Brasília – Por favor, não convidem para a mesma reunião o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma.
E se for para discutir a sucessão presidencial, aí que não se pode cometer semelhante gafe.
Uma ala do PT culpa Lula pelo erro de impor Dilma, “uma brizolista”, na presidência da República e exige que se livre dela – mas não é fácil: a Dilma é mais dura de roer que boca de sino.
Eu já contei o episodio de quando a Dilma era secretária de Energia do Rio Grande do Sul e eu a entrevistei para a GAZETA DE ALAGOAS durante o seminário promovido pela Petrobrás em Salvador, para se discutir energia alternativa.
Eu disse que Alagoas produzia 2 milhões de metros cúbicos de gás puro, ou seja, dissociado do petróleo por dia e ela respondeu que éramos um Estado de otários porque não tínhamos uma termelétrica.
Ela é assim: curta e grossa igual a papel de enrolar prego.
Comenta-se aqui em Brasília que Dilma já mandou um recado para o Lula que lembra o que ela disse sobre Alagoas e o gás que produz e não usufrui.
– O Lula pensa que eu sou otária…
Se pensa isso mesmo, o Lula se enganou e por isso está difícil o relacionamento entre os dois. Afinal, dois bicudos não se beijam.
Dilma pegou em arma para enfrentar o governo militar e o Lula pegou num microfone. É verdade que a política é jeito e não força, mas a Dilma me lembra o delegado Rubens Quintella quando eu lhe perguntei por que o famoso pistoleiro-vingador Floro Gomes Novaes foi atraído para uma emboscada e morreu:
– “Você já viu o bezerro que desconhece a vaca ficar vivo?”
Não.
O problema agora é saber quem é o bezerro.