Monthly Archives: fevereiro 2014

Lula está de mal da Dilma
   27 de fevereiro de 2014   │     15:34  │  4

Brasília – Por favor, não convidem para a mesma reunião o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma.

E se for para discutir a sucessão presidencial, aí que não se pode cometer semelhante gafe.

Uma ala do PT culpa Lula pelo erro de impor Dilma, “uma brizolista”, na presidência da República e exige que se livre dela – mas não é fácil: a Dilma é mais dura de roer que boca de sino.

Eu já contei o episodio de quando a Dilma era secretária de Energia do Rio Grande do Sul e eu a entrevistei para a GAZETA DE ALAGOAS durante o seminário promovido pela Petrobrás em Salvador, para se discutir energia alternativa.

Eu disse que Alagoas produzia 2 milhões de metros cúbicos de gás puro, ou seja, dissociado do petróleo por dia e ela respondeu que éramos um Estado de otários porque não tínhamos uma termelétrica.

Ela é assim: curta e grossa igual a papel de enrolar prego.

Comenta-se aqui em Brasília que Dilma já mandou um recado para o Lula que lembra o que ela disse sobre Alagoas e o gás que produz e não usufrui.

O Lula pensa que eu sou otária…

Se pensa isso mesmo, o Lula se enganou e por isso está difícil o relacionamento entre os dois. Afinal, dois bicudos não se beijam.

Dilma pegou em arma para enfrentar o governo militar e o Lula pegou num microfone. É verdade que a política é jeito e não força, mas a Dilma me lembra o delegado Rubens Quintella quando eu lhe perguntei por que o famoso pistoleiro-vingador Floro Gomes Novaes foi atraído para uma emboscada e morreu:

– “Você já viu o bezerro que desconhece a vaca ficar vivo?”

Não.

O problema agora é saber quem é o bezerro.

França alerta para os perigos na copa do fim do mundo no Brasil
   26 de fevereiro de 2014   │     15:18  │  5

Brasília – A Embaixada da França está distribuindo uma cartilha com os patrícios que visitam o Brasil, que é ao mesmo tempo cômica e trágica.

É cômica quando alerta os patrícios que vão visitar o Recife para “terem cuidado com os tubarões”. Deve ser literalmente, porque não manda ter cuidado com os “tubarões que andam na terra” – esses têm em todo canto.

E trágica quando alerta para os perigos dos “sequestros relâmpagos” no Rio de Janeiro e assaltos em Brasília.

Em Brasília, a Capital Federal e onde está a política mais bem paga da América Latina e uma das dez mais bem pagas do mundo, o alerta chega a ser tenebroso.

Curto e direto, o alerta da embaixada francesa recomenda aos patrícios não irem de jeito algum às cidades satélites.

Mas o pior é que a embaixada francesa tem razão – é melhor prevenir que remediar. A situação é mesmo preocupante e é sim para se imaginar: se em Brasília, onde está a polícia mais bem paga da América Latina e uma das dez mais bem pagas do mundo a situação está assim, imagine perfeitamente…

Ou seja: imagine onde a polícia é mal paga, se desloca em sucatas e usa bala de hortelã!

Mas a cartilha editada pela Embaixada da França não pode ser considerada totalmente ruim; há na cartilha algo de positivo quando não pede para o francês desistir da viagem – pede apenas para não vacilar.

Nem tudo está perdido! A seleção brasileira será campeã e a embaixada francesa não pediu para os patrícios desistirem da viagem.

Pediu apenas para ter cuidado com o tubarão, principalmente o tubarão que não vive na água – que é o pior que tem.

No aniversário da GAZETA, os parabéns para o jornalista Arnon
   25 de fevereiro de 2014   │     16:02  │  0

Brasília – “Um jornal se faz com gestos de paciência e se destrói com apenas um gesto de impaciência”.

Essa definição é do jornalista Alberto Dines autor do livro “Papel do Jornal”, e não há frase mais completo até hoje para se definir o impresso.

A GAZETA DE ALAGOAS é o exemplo dos gestos de paciência do jornalista Arnon de Mello, que aprendeu a fazer jornal  como repórter no saudoso Jornal de Alagoas,  depois foi embora para o Rio de Janeiro onde adquiriu experiência como jornalista  político e voltou para investir na terra natal.

A imprensa alagoana muito deve a ele. Não dá para comemorar os 80 anos da GAZETA sem reverenciar o empresário e jornalista Arnon de Mello.

E recordar de quando, no mandato de senador, ele ligava de Brasília para ditar o discurso que proferia e desejava ver reproduzido na edição do dia seguinte da GAZETA.

Anote aí: duas linhas, oito colunas: Senador Arnon fala no Senado sobre Energia Nuclear…

Era mais ou menos assim e o melhor: o título cabia certinho em oito colunas, para alivio do meu padrinho de casamento Zacarias Santana, que diagramava a GAZETA no “olhometro”.

Parabéns a todos os que fazem a GAZETA!

Por que God faz mais milagre que Deus?
   24 de fevereiro de 2014   │     10:16  │  7

Brasília – Se o Brasil trocasse Deus por God; se o Brasil passasse a venerar God no lugar de Deus será que a gente seria mais feliz, rico e desenvolvido?

Será que também viraríamos uma potência?

Alguém pode me chamar de burro e me ensinar que God é Deus em inglês. Mas, ainda assim, continuo insistindo na pergunta: por que God faz mais milagre que Deus?

God, por exemplo, protege os Estados Unidos apesar de todo o belicismo; apesar de todas as guerras, invasões, golpes e mortes que já proveram.

É ou não?

Depois da II Guerra Mundial, com a benção de God, os Estados Unidos fizeram o mundo acreditar que eles tinham reserva em ouro para lastrear o dólar e assim impuseram o dólar como moeda de troca internacional.

Era tudo mentira, mas uma mentira repetida muitas vezes vira verdade e virou.

E o nosso Brasil, com tanta religião e tantos crentes, padres, bispos, arcebispos, pastor e até pastora, que não é de pastoril, vive nessa situação; a violência fora de controle, com os bandidos roubando até pano de ferida e o cidadão sem saber se sai de casa e volta  vivo!

Dá para entender tal situação?

Para mim, com a leitura pouca e o juízo mole, acho que a saída e trocar a crença em Deus pela crença em God. Afinal, God é dos Estados Unidos!

O culpado de tudo é dom Bosco
   21 de fevereiro de 2014   │     9:28  │  5

Brasília – A glória ficou para Juscelino Kubitschek, mas quem deu a ideia para se construir Brasília foi dom Bosco – que era um frade italiano que se embrenhou pelo Planalto Central do país ensinando ao índio que maior que Tupã era Deus e Jesus, ou melhor: o pai, o filho e o espírito santo.

Já no século 19, dom Bosco recomendava se construir a capital do país no Planalto Central bem longo do mar. Na metade do século 20, Juscelino transformou a ideia do frei em realidade e tudo transcorria dentro da normalidade até que importaram os vícios da federação e a Capital do país importou os vícios federativos.

Deputado estadual se chama deputado distrital e já tem a proposta, que será aprovada, para o administrador regional será eleito – o que significa se introduzir a figura do prefeito. E se há prefeito, ainda que disfarçado com o nome de administrador, por conseguinte haverá de ter também o vereador – que, evidentemente, terá outro nome que é para iludir os bestas.

E sendo assim, a Capital Federal adquiriu os vícios da República; logo, o quer de ruim existe no resto do país, na Capital Federal também existe – e, entre as mazelas, está a insegurança.

E isto, apesar de a polícia de Brasília ser a mais bem paga da América Latina!

E não adianta apelar para dom Bosco, pois ninguém mais pode dá jeito. O caminho da mina foi descoberto e não por acaso muitos policiais estão na política com mandato ou pleiteando um; na eleição este ano, muito deles já estão em campanha e isto explica o motovido de a polícia mais bem paga da América Latina está em greve.

O ano é eleitoral…

E quando se contamina a polícia com a política partidária, com vários policiais com mandatos, a sociedade é penalizada. A violência em Brasília atingiu níveis alarmantes, enquanto alguns policiais estão em campanha para deputado.

E um deles, o sargento-deputado  e um dos líderes da greve dos policiais e bombeiros, João de Deus, eu descobri que é alagoano. Mais precisamente, natural de Piaçabuçu.

Mas, pensando bem, a culpa é de dom Bosco.