Brasília – Saiu mais um resultado negativo para Alagoas, no certame comparativo dos melhores na educação no país.

Surpresa?

Nenhuma; a surpresa seria se o resultado fosse diferente.

Alagoas tem sido “destaque negativo” em todos os índices sociais, de modo que esses números já não causam indignação – e deveriam.

Se perdemos o sentimento de indignação, se já nos acostumamos com coisa ruim, então não há o que se esperar muito do futuro.

Vamos apenas levando tudo assim mesmo.

Alagoas é o último Estado entre os nove do Nordeste, e o que foi que aconteceu com o “filé” da região?

Estagnou? Regrediu?

Mas será que não se exige demais quando se cobra resultados positivos de quem não fez por merecê-los?

Questiona-se a violência em Alagoas e o que se fez para aplacá-la?

Questiona-se o analfabetismo e o que se fez para combatê-lo?

A violência é estimulada pela impunidade e o analfabetismo é “ensinado” pelos sumiços ou o sucateamento das escolas públicas em nível estadual e municipal.

A propósito, alguém sabe informar onde foi parar o Colégio Estadual de Alagoas?

Não vamos afirmar que nos demais Estados é tudo um mar de rosas, mas há sim de se levar em conta que, somente em Alagoas, acontecem essas ações nefastas patrocinadas por um poder público que nunca se incomodou com o público.

Não há compromisso com o Estado e nesse particular não dá para culpar apenas a classe política. O descompromisso está disseminado entre os poderes.

Falta o compromisso do Legislativo para legislar, mas também falta o compromisso do Executivo para executar e do Judiciário para julgar célere e exemplarmente.

E nessa situação todos são culpados, inclusive a sociedade que não reage; que não se mobiliza para exigir compromisso com o Estado.

Vamos todos levando, assim, com a barriga. E até parece que o conformismo paralisou a todos e esses números negativos são apenas o “podre” do chique do último.

E tudo normal.

Link