Monthly Archives: outubro 2013

Inimigos do povo querem acabar com o programa Mais Médicos
   19 de outubro de 2013   │     14:41  │  30

O programa Mais Médicos é o maior e o mais abrangente programa de  saúde pública já colocado em prática no Brasil, desde o “descobrimento”, em 1500.

Mas é bom que a população fique atenta para os golpes que estão sendo desferidos pelos inimigos da Medicina Social.

Já inventaram muitas mentiras, entre elas a mais cabeluda de todas, que é a suposta declaração de uma pessoa anônima sobre a vinda de enfermeiros cubanos relacionados como médicos.

É mentira.

É mentira porque esses cubanos teriam sido recrutados em Miami e só o muito tolo pode acreditar numa coisa dessas – imagine o governo cubano recrutar profissionais em Miami, e logo em Miami, para onde fogem os cubanos traidores da pátria.

Não tem cabimento, mas o desespero dos que vão perder com a Medicina Social leva a esses absurdos e eles nem atentam para a necessidade de dar à mentira um caráter de verdade.

Em Alagoas, o hoje município de Pariconha e um dos povoados mais antigos do Estado, pois data do século 19, terá médico residente pela primeira em 200 anos de existência!

Pela primeira vez na vida a população de Pariconha vai ter um médico na porta perguntando como vai de saúde.

Que lindo, não?

Só os escrotos que maltratam e matam à míngua a população pode ser contra ao programa Mais Médicos.

Mas é bom a população estar atenta para os golpes dos inimigos da saúde pública. Esses inimigos estão desesperados porque terão de competir com a saúde gratuita, pois, pela primeira vez desde 1500, o Brasil está combatendo a medicina mercantilista.

E ficar atento também para os adversários do governo, porque eles vão acabar com o programa Mais Médicos caso cheguem à presidência da República.

(Isola!)

É preciso ter cuidado. Atentem para o fato de que os que são contra a presidente Dilma e o ex-presidente Lula são também contra o programa Mais Médicos e contra os programas sociais como o Bolsa Família, Bolsa Escola, etc.

Tenham cuidado.

Votar contra a presidente Dilma ou contra o Lula é votar pela volta à miséria, pela volta à prática de uma medicina escudada no princípio diabólico segundo o qual saúde tem, quem dinheiro tem.

Ou seja: a saúde é produto do dinheiro e quem não tem dinheiro morre à míngua. É isso o que os senhores querem?

Se é, então votem contra a Dilma ou o Lula. E se não é, se o que vocês querem é um país onde a saúde é um direito inalienável e o médico está na porta, então, lutem contra os que  estão boicotando e querem acabar com o programa Mais Médicos.

À luta, já!

Por que o policial vira bandido?
   17 de outubro de 2013   │     18:49  │  4

Quem leu o livro “Cidade Partida”, do jornalista Zuenir Ventura, não se espanta mais com as notícias sobre o envolvimento de policiais com o crime.

É o meu caso. Não é que se possa achar tudo normal, e sim porque essa relação pecaminosa vem de muito tempo.

No livro “Cidade Partida” o Zuenir conta os primórdios da relação da bandidagem carioca com a polícia, e isto já era prática antes do golpe militar de 1º de abril de 1964.

Aliás, é interessante isso. O general Amaury Kruel, que garantiu o golpe, foi promovido a comandante do II Exército, em São Paulo, depois de ter sido obrigado a pedir exoneração do cargo de secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Motivo: o filho dele tinha sido flagrado numa relação pecaminosa com os bicheiros.

Os mais velhos se lembram dos “Homens de Ouro” da polícia carioca, que se apresentavam no programa de televisão do Flávio Cavalcanti ensinando a população a se livrar dos assaltos – e, no entanto, esses “homens de ouro” estavam envolvidos com os crimes.

É célebre a frase do bandido Lucio Flávio, quando rejeitou compactuar com policiais bandidos:

Polícia é polícia e bandido é bandido – responde Lúcio Flávio, e assim assinou a sentença de morte dele.

Essa relação de policiais com o crime não é exclusiva do Brasil. Nos Estados Unidos, a lei só pode pegar o Al Capone pelo Imposto de Renda que sonegava e, ainda assim, graças ao trabalho do Ministério Público porque o Al Capone “comandava” toda a polícia de Chicago.

O noticiário sobre o envolvimento de policiais com bandidos em São Paulo nos remete à época do Al Capone e nos mostra que, para combater efetivamente a criminalidade no país, é imperioso antes uma faxina geral na estrutura policial.

O Ministério Público paulista descobriu que pelo menos 30 policiais civis e militares davam cobertura a traficantes e estão envolvidos com o crime. Somando-se aos 12 que tinham sido denunciados antes, e entre eles dois delegados, são quase 50 policiais que se desvirtuaram.

E o que leva o policial a virar bandido?

Que ninguém venha dizer que é o baixo salário, pois não é; que ninguém venha dizer que é a falta de condições de trabalho, pois também não é. Se fosse por isso a corrupção policial não existiria entre os que recebem os melhores salários e têm as melhores condições de trabalho.

Diga-se, então, que é a tentação quando se vive num mundo onde a expectativa permanente é o crime. E, especialmente, quando se cria uma certeza de impunidade que afeta a todos indistintamente.

De tanto vê triunfar a impunidade o policial se sente desestimulado a combater o crime. É mais ou menos isso.

E não pensem que essa situação refere-se apenas à “Cidade Partida”, do Zuenir Ventura, nem à investigação do Ministério Público em São Paulo.

Podemos dizer, para plagiar o livro do Zuenir, que é o “País Partido”.

Porque, para combater o crime, é preciso antes combater a polícia que se desgarrou, ó, faz tempo.

Téo Vilela pode ser ministro do TCU, em 2014
   16 de outubro de 2013   │     15:54  │  5

O governador Téo Vilela pode assumir umas das três vagas de ministro do Tribunal de Contas da União, que serão abertas até 2014.

Téo pode assumir a vaga do ministro Valmir Campelo, o primeiro na lista dos que serão atingidos pela compulsória – que é a aposentadoria ao se atingir os 70 anos de idade.

Além do ministro Campelo, também vão se aposentar o ministro José Jorge e a ministra Ana Arraes – que é mãe do governador pernambucano Eduardo Campos. Em qualquer uma dessas três vagas, se o Téo quiser virar ministro, apoio não falta.

Téo tem o apoio do presidente do Congresso Nacional, o senador Renan Calheiros, do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, e até do ex-presidente Lula.

Nas últimas cinco décadas, o Estado de Alagoas sempre manteve um representante no TCU. Foram três: Silvestre Péricles, Freitas Cavalcante e Guilherme Palmeira, e o segundo deles ( Freitas) foi vice-presidente e depois presidente (1966/67).

Mas, o governador ainda não se manifestou sobre se deseja ser ministro do TCU, onde ficaria por oito anos e se aposentadoria. 

Se a Dilma é retrocesso a Marina é o quê? Farsante?
   15 de outubro de 2013   │     18:22  │  11

A ex-senadora Marina Silva fez o que todo político em campanha faz – que é criticar o adversário para reduzi-lo ao mínimo.

Nesse particular, a Marina é igualzinha a qualquer político; não tem diferença, e não há mesmo diferença e só os pueris acreditam que a Marina é diferente.

Agora seja.

Mas a Marina precisa parecer diferente e confesso até que, nos últimos dias, ela tem dado bandeira e deixado brechas para os mais atentos entenderem.

Se não tiver cuidado; se for assim nesse afã de candidata vai acabar deixando pista sobre quem a financia na campanha.

A Marina em Recife elogiou o presidente Fernando Henrique Cardoso pela implantação do Plano Real e o avanço econômico. O elogio veio com 20 anos de atraso, mas antes tarde do que nunca.

A Marina elogiou o presidente Lula pelos avanços sociais. Oh! Que lindo! E o elogio também veio tardio e, pior, no rastro de um oportunismo que iguala a Marina ao Maluf.

Imagina criticar o Lula e logo em Pernambuco! A Marina é esperta e não bate prego sem estopa.

E a critica negativa sobraria para quem? Ora para quem; claro que para a presidente Dilma, que a Marina – pasmem! – diz que é o retrocesso.

Digo pasmem porque a Marina quer destruir o agronegócio; a Marina é contra a construção de hidrelétricas para desenvolver a Amazônia; a Marina é contra as pesquisas agrícolas para aumentar a produtividade do setor; a Marina é contra a tecnologia na comunicação – acho que a Marina defende a volta ao telefone de ficha.

A Marina é contra a pecuária brasileira; a Marina é contra tudo que significa desenvolvimento, porque isto implica em “agressão ambiental”.

E como é que a Marina vem dizer que a Dilma é retrocesso?

Para entender só existe a premissa: o candidato é um farsante em potencial e a Marina não é diferente. Ela também joga com o que tem para obter o que quer.

E depois, igual a qualquer um, vira a metamorfose ambulante para praticar o oposto do que disse antes. Se a Dilma é retrocesso a Marina é o apocalipse econômico.

Ou, então, uma farsa.

Quando o professor deixar de ser pedagogo, aí melhora
     │     10:41  │  1

Dizer que a educação no Brasil não é prioridade é o mesmo que repetir o refrão antiquíssimo das manifestações de rua e dos discursos dos brasileiros no Parlamento português durante a colonização.

Mas, tratar do problema sem ir à raiz é o mesmo que tentar salvar o fruto da árvore podre. E a raiz está distante, pois data dos primórdios do Brasil.

Durante o período colonial o país viveu sob a tutela da coroa, que proibiu toda e qualquer manifestação que levasse a população colonizada a ler e entender.

Somente com a vinda de dom João VI em fuga, é que se abriu a possibilidade do brasileiro finalmente conhecer o que o restante do mundo em desenvolvimento já conhecia há tempo.

Com o retorno de dom João VI a Portugal a coroa voltou a impedir novamente o acesso do brasileiro à educação e à informação.

Foi uma luta para se manter essas conquistas e essa luta levou o país à independência, em 1822.

A situação da educação no Brasil chega a ser hilária em alguns pontos, quando o país inaugurou uma universidade antes de ter alfabetizados ou quando se chama professor de pedagogo – e pedagogo era o escravo que levava o filho do senhor de engenho à escola.

Imaginem se não fosse a atuação de Anízio Teixeira e Paulo Freire, dois dos baluartes que desafiaram o “status quo”; imaginem se não fosse a mobilização de uma intelectualidade interessada em expandir os seus conhecimento.

E dentro desse quadro nacional de gravidade no setor educacional, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) divulgou o relatório sobre os 27 estados no que se refere ao pagamento do piso nacional do professor – que foi instituído em 2008.

No que se refere a Alagoas, o Estado foi relacionado entre os sete que não pagam o piso salarial do professor. Outros 15 estados pagam em parte e apenas o Acre, o Ceará, Pernambuco, Tocantins e o Distrito Federal cumprem integralmente com a lei.

No Dia do Professor, não é dia de comemorar nada, e sim o dia para refletir até quando a sociedade vai permitir que a prioridade para a educação seja apenas retórica repetida nas promessas de campanha eleitoral.