Quando o professor deixar de ser pedagogo, aí melhora
   15 de outubro de 2013   │     10:41  │  1

Dizer que a educação no Brasil não é prioridade é o mesmo que repetir o refrão antiquíssimo das manifestações de rua e dos discursos dos brasileiros no Parlamento português durante a colonização.

Mas, tratar do problema sem ir à raiz é o mesmo que tentar salvar o fruto da árvore podre. E a raiz está distante, pois data dos primórdios do Brasil.

Durante o período colonial o país viveu sob a tutela da coroa, que proibiu toda e qualquer manifestação que levasse a população colonizada a ler e entender.

Somente com a vinda de dom João VI em fuga, é que se abriu a possibilidade do brasileiro finalmente conhecer o que o restante do mundo em desenvolvimento já conhecia há tempo.

Com o retorno de dom João VI a Portugal a coroa voltou a impedir novamente o acesso do brasileiro à educação e à informação.

Foi uma luta para se manter essas conquistas e essa luta levou o país à independência, em 1822.

A situação da educação no Brasil chega a ser hilária em alguns pontos, quando o país inaugurou uma universidade antes de ter alfabetizados ou quando se chama professor de pedagogo – e pedagogo era o escravo que levava o filho do senhor de engenho à escola.

Imaginem se não fosse a atuação de Anízio Teixeira e Paulo Freire, dois dos baluartes que desafiaram o “status quo”; imaginem se não fosse a mobilização de uma intelectualidade interessada em expandir os seus conhecimento.

E dentro desse quadro nacional de gravidade no setor educacional, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) divulgou o relatório sobre os 27 estados no que se refere ao pagamento do piso nacional do professor – que foi instituído em 2008.

No que se refere a Alagoas, o Estado foi relacionado entre os sete que não pagam o piso salarial do professor. Outros 15 estados pagam em parte e apenas o Acre, o Ceará, Pernambuco, Tocantins e o Distrito Federal cumprem integralmente com a lei.

No Dia do Professor, não é dia de comemorar nada, e sim o dia para refletir até quando a sociedade vai permitir que a prioridade para a educação seja apenas retórica repetida nas promessas de campanha eleitoral.

COMENTÁRIOS
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  1. GABRIEL

    BEM SE DEPENDER DESSE DESGOVERNO DESGRASSADO NÃO VAMOS SAIR NUNCA DA DESGRASSA EDUCATIVA EM QUE NOS ENCONTRAMOS. O DESGOVENO EM SUAS FALACIAS DEIXA BEM SUAS INTENÇÕES DE FAZER OU QUE FEZ ALGUM NA EDUCAÇÃO. MAS NA PRATICA NÃO PASSA DE ENFATISMO DE LINGUAGEM PRA ILUDIR O POVO. MAS TEMOS PESSOAS COMO O BLOGUEIRO QUE POSTA MATERIAS DESSA ESTIPE PRA NOS ABRIR OS OLHOS E CHEGAR A UMA CRITICA QUE VENHA MOSTRAR OS DESMANDOS DESSE, PRAGIANDO ELE MESMO, NEOFILO. QUE SÓ FAZ PROMETER E NUNCA CUMPRE. TAMBEM QUEM MANDA DEIXAR DE VOTAR EM PESSAS COMPETENTES E PRA VOTAR NA INCOMPETENCIA EM PESSOA.

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