Será que é verdade que, em 2008, a Polícia Federal realizou a “Operação Taturana” e descobriu o desvio de 300 milhões de reais da Assembleia Legislativa de Alagoas?
Será que aconteceu mesmo essa operação da PF e 12 dos 27 deputados foram afastados?
Será que existe um inquérito policial que virou processo? Será que houve denuncia do Ministério Público contra os malfeitores?
Se tudo isso aconteceu realmente e é verdade, então nada pode ser ainda pior que a impunidade.
E que ninguém venha culpar o eleitor! Dizer que a culpa é do eleitor é proteger os verdadeiros responsáveis pela impunidade.
Não dá para entender como, na mesma linha dos crimes praticados em Alagoas, mas bem mais modesto, o deputado federal Natan Donadon tenha sido condenado e preso por desviar “apenas” 8 milhões de reais da Assembleia Legislativa de Rondônia.
A dúvida atroz é: o Donadon foi preso por desviar uma “titica” em relação ao desvio de dinheiro em Alagoas ou em Rondônia a lei é ágil e eficiente?
Pode ser; afinal, Alagoas é o Estado com o maior número de analfabetos e os piores indicadores sociais do país!
Imaginem que, não faz muito tempo, e se dizia em tom de chacota em relação ao Piauí: visite o Piauí antes que ele se acabe.
Hoje, o Piauí se suplantou e não é mais o último; o último agora é Alagoas.
E nesse desfile nacional de vergonha a cores pelo Fantástico, o que ameniza a decepção dos alagoanos é o empenho do procurador geral de Justiça, Sérgio Jucá, mas ele não pode muito.
No máximo o procurador vai denunciar os culpados, que iguais aos culpados denunciados na “Operação Taturana”, nada terão a temer.
Afinal, Alagoas não é Rondônia nem eles são Donadons.
E assim fica difícil não dar razão ao restante do país, que já concluiu que “Alagoas não tem jeito” – igual ao telespectador que sentenciou ao assistir a denúncia do Fantástico.
O pior em Alagoas é que a gente já não sabe mais o que é pior.