Guerrilheiros treinam para revanche da nova Guerra do Paraguai
   20 de agosto de 2013   │     18:21  │  2

A Guerra do Paraguai, da qual tiramos a maioria dos nossos heróis da história oficial, foi na verdade uma tremenda covardia. Três contra um: Brasil, Argentina e Uruguai.

E, ainda assim, não foi fácil.

Até a polícia militar de Alagoas mandou soldados para a guerra; os índios wassus, de Joaquim Gomes, também foram recrutados e lutaram.

Diz-se covardia porque a guerra foi “inventada” pela Inglaterra, que usou o Brasil, a Argentina e o Uruguai para se impor como potência dominante no Paraguai – que não aceitava sequer empréstimos financeiros dos banqueiros ingleses.

Daí a guerra.

Esfacelado, arrasado e endividado o Paraguai capitulou não só diante dos vizinhos seus algozes armados, mas dos banqueiros ingleses sedentos de lucros.

O Paraguai perdeu a sua ligação com o mar e ainda hoje sofre as consequências da derrota. Mas, os paraguaios não parecem esquecidos.

Numa recente discussão numa partida de futebol entre as seleções brasileiras e paraguaias, o famoso goleiro Chilavert provocou:

– ´´É preciso devolver também as terras que nos tomaram”.

Essas terras reclamadas pelos paraguaios fazem parte do Estado do Mato Grosso do Sul e não por coincidência está na região o clima de maior tensão entre os dois países.

Esta semana, guerrilheiros do recém criado EPP (Exército Popular do Paraguai) invadiram a fazenda de um brasileiro e mataram cinco seguranças.

As autoridades brasileiras parecem que não estão dando muita importância ao episódio; parece que tudo está na conta de um atrito comum.

E não é.

O Exército Popular do Paraguai surgiu em 2007 e, segundo levantamento do próprio governo paraguaio, tem 50 homens. Por enquanto.

Ainda de acordo com a estatística apresentada pelas autoridades paraguaias, de 2007 até agora o EPP já matou 31 pessoas, sendo 20 civis e 11 militares.

O EPP – dizem – ainda está em treinamento e tem o apoio das FARC. De linha marxista, o ideal de luta do EPP é a retomada dos bens que os paraguaios perderam – e, entre esses bens, estão a terra do Mato Grosso.

Quem viver verá uma nova guerra do Paraguai. E, desta vez, como reação dos derrotados de ontem querendo a vingança.

COMENTÁRIOS
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  1. Breno

    Infelizmente a historia da Guerra do Paraguai sempre mal contada nos nossos livros de história. Primeiro, uma versão oficialista dos vencedores. Depois, uma versão distorcida pela ótica da esquerda, sem documentação histórica. Esta última é a versão contada aqui no blog. Professores como Ricardo Salles e Francisco Doratioto estão reescrevendo isso tudo, com base em documentação histórica. Sugiro ao colunista se atualizar.

  2. Carlos

    Quanto absurdo de mentiras o senhor escreveu aqui. A começar pela saída para o mar de que o Paraguai perdeu …Aí o seu problema se torna mais grave , pois além de não conhecer a história, o senhor também não conhece geografia.

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