A visita do ex-presidente Lula ao presidente do Senado, Renan Calheiros, teve uma justificativa para inglês ver – ou para despistar as mentes curiosas.
Lula alegou que estava no Senado para participar da reunião do PT, convocada para o auditório Petrônio Portela.
Realmente, o PT se reuniu lá e o Lula estava lá.
Mas a reunião convocada pelo PT para as dependências do Senado é algo inusitado; não é comum os partidos se reunirem no Senado, exceto em caráter festivo.
Para entender o encontro do Lula com o senador Renan é preciso voltar ao começo do ano, quando se estipulou o prazo para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se decidir.
Campos é candidato a vice-presidente e a sua preferência é se manter aliado do PT, mas o PMDB não abre mão da vice-presidência e que repetir o vice Michel Temer.
Escalado para alfinetar o PMDB, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, não se saiu bem. A resposta dada por Michel Temer fez a base de sustentação do governo tremer.
Ainda que pessoalmente bem na fita, o governador pernambucano sabe que o seu PSB não tem o cacife do PMDB – que possui a maior bancada no Congresso.
No começo do ano, o próprio Michel Temer tratou de acalmar o partido ao sugerir que se esperasse até setembro pela definição de Eduardo Campos.
Se o governador pernambucano insistir na candidatura a vice-presidente, o PT terá de decidir se rompe o acordo com o PMDB.
E se romper, o ano eleitoral será muito difícil para o governo.
Se o PT mantiver o acordo com o PMDB, o governador pernambucano terá de decidir se aceita disputar o Senado. Se não aceitar, ou seja, se continuar insistindo em ser o vice, então terá de se juntar à oposição e entregar o Ministério da Integração Nacional.
Lula e Renan conversaram a sós, dois dias depois de o ex-presidente fazer o apelo para o governador de Pernambuco apoiar a reeleição da presidente Dilma.
Não vazou nada da conversa a sós entre Lula e Renan, mas uma coisa já se sabe: Lula pediu para Renan “segurar” o PMDB – aliás, o pedido reforçou o pedido já feito pela própria Dilma.
Mas segurar até quando?
Até que se garanta ao PMDB a manutenção do “status quo” em relação ao governo. Ou seja: o cargo para Michel Temer.
Lula sabe que existe dentro do PT uma corrente que “detona” o PMDB e sabe também que existe no PMDB uma corrente que tem pressa, sede e fome. Afinal, a eleição de 2014 está à porta.
Será que no Brasil não tem Homens de peito fibra e honrado para enfrentar essas mesmices!!! essa corja de maquiavélicos que só sabem ser arrogantes e trapaceiros ???
Lula e Renan sempre trabalharam e buscaram as melhores soluções para o nosso país. Infelizmente a turma do contra não aceitam e não gostam dessa união. Com certeza nesse encontro ambos irão discutir melhorias para o Brasil.Há tempos que o senador vem levantado a bandeira de apoio indestrutível e sido um dos principais aliados do governo Dilma e do governo do ex-presidente Lula.