As reformas que a classe média exige
   22 de junho de 2013   │     22:20  │  0

Não terminou nada ainda; o pior pode estar para acontecer se não decifrarem os recados das ruas.

Por exemplo: nada de PEC 37. Pode colocá-la no lixo porque se for aprovada será outra confusão.

E é bom rever o projeto que retira dos psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, psicanalista, etc., o direito geral e irrestrito de clinicar.

Concordo que só os médicos foram efetivamente preparados para medicar, até porque quem procura o psicólogo ou o psicanalista é porque quer se tratar com conversa; se quisesse se tratar com remédio procuraria o psiquiatra.

Digo isso porque, embora respeite os profissionais, mas estão aí três categorias que com certeza jamais vou precisar: psiquiatra, psicanalista e psicólogo. Desde cedo entendi que o órgão mais importante do corpo humano é o fígado e não o coração; e que a cabeça é você quem faz.

Mas reconheço que tem gente que precisa; ou acha que precisa.

E também estão aí esses profissionais que estudaram e se esforçaram para se formar e não vão admitir agora essas restrições, que os colocam em plano secundário no sistema de saúde.

A sociedade criou essas necessidades e se acostumou com elas.

Vêm outros recados da classe médica:

1)A reforma política, que não sai do papel porque se sair mais da metade dos atuais congressistas não se reelege.

2)A reforma tributária, que não sai do papel porque nenhum estado quer ceder nada.

3)A reforma do judiciário, que não sai do papel porque se sair muita gente ficará vulnerável à lei.

O mais grave é que o “fim da corrupção”, outra bandeira da classe média nas ruas, está diretamente vinculado a essas reformas.

A corrupção no Brasil tomou essa proporção porque as leis são flexíveis e existem na Justiça vários atalhos pelos quais se procrastinam as sentenças.

Estamos diante do impasse: é renovar ou se preparar para outros protestos da classe média.