O problema não é a passagem, mas o péssimo serviço
   13 de junho de 2013   │     18:44  │  1

As manifestações contra o aumento no preço da passagem dos ônibus municipais, que estão pipocando país afora feito efeito dominó têm duas causas:

O valor da passagem e a qualidade do serviço – que é péssimo, com exceção de Curitiba.

Em Curitiba o transporte em ônibus funciona. Fora de Curitiba é o caos.

São ônibus velhos que quebram com facilidade; são motoristas orientados pelas empresas para deixarem no ponto quem anda de graça ou com abatimento; são ônibus que queimam as paradas, enfim, são inúmeras irregularidades que desautorizam o reajuste no preço.

A expansão urbana no Brasil se deu assim dessa forma: não há transporte de massa e a massa é obrigada a sobreviver sob o império da lei do mais forte.

Com essas manifestações que começaram em Goiânia, eclodiram em São Paulo e chegeram ao Rio de Janeiro é bom não pagar para ver em Maceió.

Porque o que tem de galões de álcool aguardando a ordem para alimentar o fogo, não está no gibi.

COMENTÁRIOS
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  1. Valdeck

    O transporte coletivo nas grandes capitais como um todo, são de péssima qualidade, porém há distorções desse (de)serviço nas capitais, uns menos outros mais absurdos, como é o caso de Maceió.
    O transporte coletivo aqui é muito velho, sua idade útil já ultrapassou o limite do que seria suportável para rodar, confiar em freios, motores e pneus sem manutenção, ou em precárias manutenções, transportando milhares de vidas todos os dias é algo de estarrecedor não ter acontecido ainda alguma tragédia.
    Não há estudos de linhas, de trafegabilidade, de horários, não há treinamento de pessoal, não há licitação para moralização do transporte aqui no município de Maceió e não há planejamento por parte da prefeitura para construção de terminais integrados, paradas de ônibus que abriguem os usuários, placas indicativas de itinerários e horários, nem para o usuário comum e nem para o usuário com deficiência física, cego e surdo. A única conta que fazem, é custo X lucro.
    Considerando essa conta, e dado o achatamento salarial da classe trabalhadora alagoana, quem acha que a população tem condição de pagar a tarifa que os empresários transportadores querem?
    Em qualquer empresa, antes que o funcionário peça aumento, ele tem de vestir a camisa da empresa, mostrar serviço, dedicar-se, desempenhar seu trabalho à contento, fazendo um paralelo, os empresários do transporte dessa capital, antes de pedir tal aumento exorbitante, porque não investem primeiro em melhorias efetivas, não só em mais e melhores ônibus, mas oferecer mais linhas, pessoal treinado, respeitando horários, tráfegos e paradas solicitadas? Fazendo tudo isso antes, o aumenta se justificará.
    Mas Maceió não deveria somente depender do transporte rodoviário, carece de transporte metroviário, que corte toda a cidade, tenha preço justo, que atenda a demanda exigida. O que falta? Somente aqueles que elegemos trabalharem para isso. Simples assim.

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