Índios tem terra demais, na terra dos traidores da pátria
   11 de maio de 2013   │     14:14  │  3

Volta e meia alguém fustiga os índios para que eles parem as obras de construção da barragem de Belo Monte, no Pará.

Quem conhece a região sabe que, por trás dos índios, tem sempre uma ONG ou um missionário evangélico – ou ambos.

Sob o falso pretexto de defender a natureza, as ONGs se tornam em biombos dos interesses estrangeiros na Amazônia; e sobre o falso pretexto de levá-los ao céu, esses missionários entorpecem a cabeça dos nossos índios.

O pior é que eles contam com o apoio de brasileiros, uns no papel de inocentes úteis e outros por convicção traidora mesmo.

O caso está tão sério, que as autoridades brasileiras já alertaram para os perigos que essas ONGs e esses missionários representam.

Na rodovia que liga Boa Vista a Manaus, por exemplo, depois das 18 horas não passa ninguém sem a autorização dos índios manietados por missionários.

Quem quiser passar tem que obter o salvo-conduto. Trata-se de um território brasileiro sobre o qual o Brasil não tem controle algum.

É conhecida a frase daquele almirante espanhol, sobre a proposta do rei da Espanha de enviar missionários religiosos para ajudarem na ocupação das terras invadidas na América.

Onde não há ouro, não precisa de missionário.

E se há tantos missionários religiosos atuando na Amazônica a conclusão é imediata: tem ouro por lá; tem riquezas que estão sendo pirateadas iguais ao que se fez com o pau-brasil.

Não dá, pois, para acreditar nos bons propósitos dos índios. O que se pretende, na verdade, é manter a região às escuras porque assim fica mais fácil roubar e piratear.

O índio na Amazônia tem terra demais. O resto é discurso de traidor.

COMENTÁRIOS
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  1. Larissa Oliveira

    Os índios são tão guardiões da floresta amazônica, fauna e flora, que vendem madeira ilegalmente, permitem o garimpo desde que recebam seu quinhão, fecham os olhos para a construção de pistas clandestinas de pouso em seu território usadas pelo tráfico de drogas… você não sabe disso? Vem pra Amazônia.

  2. Carlos Soares Novais

    Colocações boas,verdadeiras e úteis.Até quando aturaremos tamanha manipulação dos ditos silvícolas?Com a palavras, governantes e governados…

  3. Valdeck

    Caro Bob, assim você subestima os indígenas quando fala que por trás deles há Ongs, missionários e evangélicos. A ideia que se tem de índio é repassada nas escolas há 500 anos de que são pejorativamente silvícolas. Devagar com o andor, os indígenas tem vez e voz em suas aldeias, tem uma organização própria e peculiar, e quando defendem o seu espaço, é porque a eles os pertencem, e os mesmos são guardiões do ecossitema, seja na Amazônia, seja no agreste e sertão alagoano. Não é um povo acéfalo como você propaga, são bastante articulados e sabem o que dizem e o que fazem.
    Nós brancos é que nos arvoramos em achar que tudo gira em torno do nosso umbigo e como tal nos referenciamos em ter o direito para ocupar um lugar que já tem dono, nos embuímos de colocar nossos interesses políticos e econômicos excusos em detrimento da fauna, da flora e de habitantes que ali estão há séculos.
    As ongs e missionários são aliados dos indígenas, assim como foram durante a ditadura militar com o movimento campesino, tendo como uma das lideranças daqueles tenebrosos momentos D. Hélder Câmara.
    Fica fácil mostrar ou estar aliado a ótica dos governistas que estão com a máquina estatal a seu favor, de que tem a força da caneta para impor obras, dar reintegração de posse a posseiros, grileiros, alguns até travestidos de políticos, como bem sabemos.
    Você macula a imagem e a luta por exemplo de Chico Mendes, a freira missionária Doroth Stang, e tantas outras lideranças indígenas ou não, que querem tão somente o seu direito garantido de permanência na terra que é deles, garantia de tirar o seu sustento dessa terra, garantia de perpetuação de sua cultura, tradições, costumes e religião. É só olhar, caro Bob, por um novo viés para perceber quem está errado nesse processo de desconstrução identitária, nesse processo de exclusão, de usurpação pernicioso que as gestões municipais, estaduais e federais fazem com nossos índios e quilombolas há muito tempo e que nós as reproduzimos em pensamento, em blogs, em jornais televisado e escrito como verdade absoluta.

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