Os 100 dias de Renan na presidência do Senado
   9 de maio de 2013   │     8:28  │  0

O senador Renan Calheiros completa hoje 100 dias à frente da presidência do Senado dando sequência às medidas administrativas moralizadoras, que preveem a economia de R$ 303 milhões.

Foram extintos 485 cargos comissionados, com a economia de R$ 26 milhões; a recisão de contratos de serviços terceirizados, que resultaram na economia de R$ 66 milhões; redução de 10% dos contratos realizados pelo Prodasen, com economia de R$ 1,4 milhão.

E mais: economia de R$ 4,6 milhões na Gráfica do Senado, com a redução na tiragem de publicações técnicas; a suspensão dos kits de informática para câmaras municipais, com economia de R$ 7 milhões; limitação das chamadas telefônicas; proibição para realização de reuniões das comissões técnicas fora de Brasília e a cobrança de taxa de ocupação para os chamados imóveis funcionais do Senado.

Mas uma medida causou forte impacto, não só pela economia financeira, mas pela abrangência: foi a extinção do atendimento ambulatorial no Serviço Médico do Senado, que vai gerar a economia de R$ 6 milhões.

A abrangência dessa medida chegou ao sistema de saúde pública do governo do Distrito Federal, que, além dos profissionais da Medicina e Enfermagem que prestavam serviços no ambulatório, também vai receber os equipamentos médicos – cuja doação marca hoje os 100 dias de Renan na presidência do Senado.

Para os que questionaram a decisão, Renan explicou:

-“Era redundante a convivência entre plano de saúde e o atendimento ambulatorial”.

É que os servidores do Senado têm plano de saúde em convênio com a Caixa Econômica Federal, o que torna dispensável a manutenção do serviço ambulatorial.

Para quem sofreu os ataques, inclusive, por “fogo amigo”, quando presidiu o Senado pela primeira vez, esta é a chance de Renan concluir o projeto interrompido pelo conluio que juntou vários interesses, inclusive, de discriminação regional.

Renan é nordestino e os sulistas não entendem o motivo de o Nordeste sempre dirigir o Senado Federal, mas é simples: são 81 senadores, 27 dos quais nordestinos; é só se aliar com o Norte e a conta está fechada.

Mas nesses 100 dias, talvez o que tenha marcado mesmo o senador Renan foram os reconhecimentos à conduta dele na presidência do Senado. Reconhecimento esse que partiram dos senadores Paulo Paim e Randolfe Rodrigues – este último, da oposição e adversário.