Um assalto a banco na Inglaterra, à Made in Alagoas
   3 de abril de 2013   │     8:05  │  0

Explodiram o caixa eletrônico de uma agência bancária numa cidadezinha do interior da Inglaterra e eu pensei: será que é a tropa de Alagoas se internacionalizando?

O “modus operandi” foi o mesmo. Só não sei se a dinamite é a mesma roubada daquela pedreira logo depois do aeroporto, cujo roubo nunca se apurou.

Afinal, tudo começou em Alagoas e se espalhou país à fora. No ano eleitoral é batata: tem assalto a agência bancária. E foram tantos, e tantos, que a Folha de S. Paulo fez uma matéria em 2004 e – pasmem – usando dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública do Ceará porque a estatística alagoana era fajuta.

Dir-se-á: mas se prendeu também assaltantes. Há controvérsias porque assaltante liso, sem sequer a borrachinha que prende o dinheiro, para a prova material, deixa dúvida.

É igual a acusar a raposa pelo sumiço da galinha e prendê-la sem sequer o resquício das penas na boca. E depois, os assaltantes acabam não sendo só assaltantes e viram ladrões de cargas, de carro, traficantes, etc.

É preciso definir: é assaltante ou ladrão de carga?

Sim, é verdade que existem os “clínicos gerais”, mas essa diversidade de acusação termina por favorecer o criminoso.

O assalto à agência bancária na cidadezinha da Inglaterra, à “Made in Alagoas”, fez-me despertar para a proximidade da “guerra eleitoral” de 2014. Se para muitos em 2010 foi difícil, em 2014 pior será.

É preciso ler com atenção o relatório do deputado federal Mario Couto (PT-PB), sobre a CPI da Pistolagem no Nordeste, e que foi apresentado em 2004.

Mario Couto é um ex-frei que conhece os pecados da bandidagem nordestina e, já naquele ano, anunciou que “há um conluio criminoso entre os Estados de Alagoas, Pernambuco e a Paraíba”, o que permite o rodízio entre as “tropas” – que só em casos especialíssimos atua no estado de origem.

Imaginem que é humanamente impossível assaltar a agência bancária em Mata Grande. A não ser…

…A não ser que aconteça o mesmo que aconteceu no assalto à agência do Banco do Brasil em Palmeira dos Índios, em 2003, ou nos seguidos e debochados assaltos à agência do BB em Boca da Mata.

Aí…

Que ninguém se iluda: a partir do segundo semestre “os soldados eleitorais” vão entrar em cena novamente, porque a “guerra eleitoral” em 2014 é uma questão de liberdade para alguns e de sobrevivência para outros.

Que ninguém depois se surpreenda quando a “guerra” começar.