Fico de cá a pensar: dos 111 mil bacharéis em Direito que prestaram o Exame Nacional da OAB, e muito deles o fizeram pela segunda e terceira vez, e até mais vezes, foram reprovados.
Apenas 11 mil foram aprovados em todo o país; isto quer dizer que, de cada 10 bacharéis, apenas 1 foi aprovado.
Os demais continuarão bacharéis.
Mas, o pior aconteceu em São Paulo com o exame realizado pelo Conselho Regional de Medicina paulista com os médicos recém formados: 70% foram reprovados, ou seja, de cada 10 novos médicos, apenas 3 estão efetivamente em condições de exercerem a profissão.
E isto, em São Paulo! Fico de cá a pensar novamente: e se o CRM de Alagoas aplicar o mesmo teste? Qual seria a o resultado?
Não quero nem pensar.
Agora o mais grave e tenebroso: os bacharéis reprovados no exame da OAB estão impedidos de atuar no mercado como advogados; já os médicos reprovados no exame do Conselho Regional de Medicina paulista continuam dando plantões nos hospitais e clinicando como se tivessem preparo para tal.
O bacharel em Direito não mata ninguém; um erro dele, no máximo, leva o cliente à condenação, mas sem óbito. Já um médico desqualificado mata ou atrofia.
Mora da história: no Brasil, aplicar lei, defender ou acusar só para habilitados. Já para salvar vidas, atender, operar e assistir vale qualquer um.
Vale até para quem o próprio Conselho de Medicina reprova.