Monthly Archives: março 2013

Quem realmente faliu o Produban. Foi o?…ou o…?
   26 de março de 2013   │     20:06  │  6

Em 1981, na saudosa Tribuna de Alagoas da Rua João Pessoa, o Cláudio Humberto deu-me a pauta: esmiuçar o balancete da Financeira Produban. O Cláudio Humberto era o chefe de reportagem e assinamos a matéria juntos.

A repercussão foi tamanha, que o Banco Central mandou auditores investigar e o então governador Guilherme Palmeira demitiu toda a diretoria da Financeira Produban.

Por ter cursado Economia na Ufal eu paguei Contabilidade 1 e 2, mas confesso que tivemos de apelar para um especialista que nos decifrasse alguns dos “enigmas” ou maquiagens que se permite fazer porque os números não mentem, mas quem os manipula pode mentir.

Por sugestão do saudoso Noaldo Dantas, fomos procurar o Fernando Gomes, advogado e contador, irmão do médico Humberto Gomes de Melo, para tirar as dúvidas, ou melhor, decifrar os “enigmas” daqueles números aparentemente tão certinhos.

Num balancete o ativo e o passivo tem que bater. É da norma. Mas, nas entrelinhas é onde está o “xis” da questão; por exemplo: o que foi mobilizado, ou seja, os empréstimos realizados, as obrigações a curto prazo, o patrimônio, o haver, etc.

Mesmo que no final do balancete o ativo seja igual ao passivo, isto não quer dizer que está tudo bem; que está tudo perfeito. E não estava mesmo.

Pois bem; a Financeira Produban funcionava na Rua do Comércio, logo no primeiro quarteirão, à esquerda, para quem vem da Praça dos Martírios; e a Tribuna de Alagoas funcionava na Rua João Pessoa, em frente ao prédio do Instituto Histórico e Geográfico.

Os auditores do Banco Central eram inacessíveis; não recebiam jornalistas, não davam entrevista. Mas, eis que, num final de tarde de uma sexta-feira, encontramos um deles bebericando no Bar do Chope e na companhia de um amigo que serviu ao Exército comigo e trabalhava no Produban.

Foi a ponte.

Conseguimos arrancar uma declaração “em off” que foi uma bomba. Seguinte: a maioria dos financiamentos, principalmente para compra de carros, aprovados pela Financeira Produban era para “analfabetos”.

Isto mesmo; o beneficiário se declarava analfabeto, o que despertou a atenção dos auditores do Banco Central. E ainda mais pelo tamanho do polegar com o qual o “analfabeto” assinava a documentação; o polegar deveria ser de algum gigante, tal a largura.

Submetido à perícia da Polícia Federal descobriram que o polegar, na verdade, não era da mão e sim do dedão do pé. Isto mesmo: a esculhambação no Produban estava tão grande que o cara colocava o dedão do pé para registrar a impressão digital do polegar.

Isto foi em 1981 e agora eu pergunto: dá para saber quem de fato quebrou o Banco do Estado de Alagoas? Se alguém souber…

 

 

Afinal, quem é o pai do Canal do Sertão?
     │     9:20  │  5

Isto me lembra a modinha do Juca Chaves, quando o Brasil comprou o seu primeiro porta-aviões, da Inglaterra:

O Brasil já vai à guerra/ Comprou um porta-aviões/ Um viva pra Inglaterra/ De 82 milhões…

E depois o humor satírico do Juca Chaves descrevia sobre a disputa interna nas Forças Armadas, porque tendo aviões a Aeronáutica reivindicava a sua partipação no navio.

…É meu – diz a Marinha/ É meu – diz a Aviação.

O Canal do Sertão está nessa modinha, quando na verdade só existe um pai – que é o ex-governador Geraldo Bulhões; e um mau padrasto – que foi o governador Divaldo Suruagy, quando paralisou a obra em 1995.

Suarugy explicou que “uma obra desse vulto” teria de ser “melhor analisada” e constituiu uma “comissão de alto nível”, prometendo retomar a obra se a comissão concluísse pela sua viabilidade econômica.

A comissão concluiu que o Canal do Sertão era viável, mas a obra não foi retomada e o prejuízo com a paralisação atingiu R$ 300 milhões – a metade do custo que se havia projetado.

Além de atrasar o cronograma.

Para se fazer justiça deve-se dizer que o pai do Canal do Sertão é o Geraldo Bulhões. E não f oi fácil o GB convencer o então secretário nacional de Irrigação, Moacir Andrade, que defendia “pequenas irrigações”, nos moldes do que ele conhecia no baixo São Francisco.

Bulhões insistiu e iniciou a obra naquela de apostar que o dinheiro viria depois, e que o seu sucessor daria continuidade.

E sendo assim, todos cobram a paternidade sem razão; na verdade, depois do Geraldo Bulhões o Canal do Sertão teve muitos “pais” – que, igual a Aeronáutica na modinha do Juca Chaves, reivindicam também com razão.

Mas, o importante é que a obra deu em água. Literalmente.

Antes de tragédia, a seca é um grande negócio no Nordeste
   25 de março de 2013   │     15:49  │  1

A seca no Sertão não é uma tragédia; é um negócio.

Na literatura sobre a seca no Sertão nordestino, que pode ser consultada na biblioteca do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), em Fortaleza, tem o registro de que Pedro Álvares Cabral poderia também ter “descoberto” a seca, em 1500, se tivesse penetrado 50 léguas para o interior da Bahia.

É que se acredita na “coincidência” de os anos com números repetidos (1777, 1877, 1977) serem secos. Há também o registro sobre o ciclo de 40 anos para se repetir as agruras e os flagelos que mais devastam a região e a população sertaneja.

Mas, a seca no Sertão nordestino sempre foi erroneamente tratada como fenômeno e isto tem uma explicação escabrosa: sendo tratada como fenômeno o dinheiro público vem com o crivo de verba de urgência e emergência, o que dispensa licitações, etc.; e também pode se usar o “fenômeno” para angariar votos.

Outro aspecto dessa explicação escabrosa é a garantia da mão-de-obra barata que migrou para construir São Paulo e o Norte do Paraná, e ocupar o Acre. E ainda: a mão-de-obra para o corte da cana-de-açúcar.

Em Alagoas, 90% da mão-de-obra nos canaviais são de sertanejos que vêm para a zona da mata cortar cana. Obviamente, se resolvessem o problema da seca quem iria construir São Paulo e o Norte do Paraná? Quem iria cortar cana?

E assim o problema da seca foi sendo mantido com maquiagens, ora eram as “frentes de trabalho” pelas quais se desviou dinheiro público; ora eram as campanha para se arrecadar dinheiro que também foi desviado impunemente.

Antes de tragédia, a seca no Sertão nordestino foi (é) um grande negócio.

E é incrível como ainda se debate o problema pelo ângulo do assistencialismo, das verbas de emergência e das ações de filantropias que viciam o cidadão – no dizer da música de Luiz Gonzaga e Zé Dantas.

Em Alagoas, da beira do rio São Francisco ao município sertanejo mais distante tem apenas 100 quilômetros em linha reta. Mas ainda se espera pela água que vem do céu e no lugar de se cobrar ações do poder público, apela-se para São Pedro.

Como se São Pedro fosse o responsável pela tragédia.

Renan denuncia que Alagoas paga juro da dívida maior que São Paulo
     │     8:49  │  8

Uma audiência pública marcada para a noite desta segunda-feira, 25, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, vai discutir a dívida dos estados – e entre eles, o que está em pior situação é Alagoas.

Além do valor da dívida que já ultrapassa os R$ 7 bilhões, Alagoas paga juro maior que São Paulo.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, defende a mudança do indexador da dívida; Renan considera o indexador atual “injusto e absurdo” porque não ajuda a amortecer a dívida e sim a ampliá-la.

“O indexador atual, que é baseado no IGP-DI mais juros que variam de 6 a 9 por cento ao ano, é uma verdadeira prática de agiotagem oficial.  A presidente Dilma já sinalizou que deseja rever essa situação e vamos propor as mudanças necessárias” – disse o senador Renan.

A proposta é para trocar o IGP-DI pelo IPCA e fixar os juros em 4% para todos os estados. No caso de Alagoas, além do IGP-DI, que foi corrigido em mais de 120% nos últimos dois anos, o Estado ainda paga 8% de juro ao ano, enquanto São Paulo só paga 6%.

Com a troca do indexador, o senador Renan acredita que Alagoas terá uma folga de caixa de no mínimo R$ 20 milhões mensais.

É aquecimento global ou pilantragem internacional?
   23 de março de 2013   │     12:36  │  5

Primeiro eles espalharam que a floresta amazônica era o pulmão do mundo, mas aí descobriram que se fosse verdade a população japonesa, por exemplo, teria morrido asfixiada porque à noite o vegetal libera gás carbônico.

Aí deixaram de chamar a floresta amazônica de pulmão do mundo e passaram a difundir o “buraco na camada de Ozônio” – mas também descobriram que era outra sacanagem e  decidiram esquecer do buraco; agora eles falam em “aquecimento global”.

Nome pomposo e assustador!  Aquecimento global. Pense na tragédia!

Ainda bem que nada disso é verdade; trata-se de mais uma jogada de marketing para substituírem o gás da geladeira e do ar-condicionado, que todo mundo produz, por outra substancia patenteada e exclusiva.

Disseram-me isto e eu acredito.

Gente! O pensador alemão Hans Örbiger escreveu o seguinte sobre a origem dos Planetas, inclusive a Terra:

-“Grande massa ígnea que havia no espaço absorveu gelo cósmico e, após algum tempo, deu-se imensa explosão gerando os planetas. Estes, atraídos pela gravitação do Sol, tendem para ele lentamente”.

Por “massa ígnea” entenda-se a rocha que resulta do fogo, por conseguinte é inflamável, e como o fogo queima e aquece, podemos deduzir que é da “índole” da Terra aquecer e resfriar.

Outro cientista, chamado Edwin Rubble, descobriu, provou e demonstrou o afastamento de nebulosas e, a partir dessa descoberta, escreveu:

-“Em determinado momento do passado, toda a matéria estava comprimida num só bloco”.

E aí vem o mais famoso deles, Albert Einstein:

– “A matéria nada mais é que a energia condensada”.

Pronto! Se querem vender o produto patenteado para substituir o gás da geladeira e do ar condicionado que vendam! Mas sem causar pânico.

Pode existir alguém que cuide e respeite a natureza, mas com certeza não faz isso mais do que eu. Meu avô plantava hortaliças e verduras e o agrotóxico que ele usava era um sapo Cururu, que eu fui obrigado a encarar e perder o medo.

O Cururu ia buscar os insetos na ponta da língua que esticava mais de um palmo.

Outra mentira que eles contam sobre a floresta amazônica é que atrai a chuva. Não é verdade; é a chuva que atrai a floresta amazônica.

Mas eles escondem a informação de que a maior seca no Rio Amazonas se deu em 1922, quando a floresta ainda era virgem.

Também escondem a informação de que, em 1932, foi registrado o “Dust Bowl”, um fenômeno ocorrido nos Estados Unidos e que levaram os Estados de Kansas, Oklahoma, Novo México e Colorado a perderem 300 quilômetros quadrados de terra – que viraram desertos.

Ah, ia esquecendo: desde que o mundo é mundo o “Ar-Rublal-Jal” é o deserto mais inóspito da face da terra.  Lá, até hoje, ninguém nunca se aventurou a viver.

Daí, vamos cuidar da natureza; vamos preservar a natureza, mas sem esses faniquitos que alimentam o biombo onde se escondem as verdadeiras más intenções.

Aquecimento global uma ova!