Assaltantes de bancos usam as veredas na divisa livre de Alagoas.com.br
   16 de março de 2013   │     13:52  │  3

O assalto à agência do Bradesco em Pariconha mostrou o quadro caótico da segurança pública, e não é só na questão de pessoal e estrutura.

O que separa Pariconha da divisa de Pernambuco é o rio Moxotó; trata-se de uma região estratégica e, no entanto, tem lá apenas dois policiais – que obviamente nada podem fazer contra o bando que atacou a cidade.

Aliás, as divisas de Alagoas com Pernambuco nunca mereceram atenção especial; enquanto se instala postos policiais à margem das rodovias as “quebradas” ou as veredas estão livres.

Acho que poucos conhecem, mas os marginais com certeza conhecem bem, que existe até uma travessia de balsa pelo rio São Francisco garantindo o fluxo de passageiros e coisas entre o município de Batalha e Porto das Folhas-SE.

Mesmo à noite, é só chegar na margem e piscar o farol do carro para avisar que precisa atravessar e logo aparece a balsa.

Parece-me que a questão não é só de contingente, mas de estratégia. Quem sabe o contingente policial é mal distribuído e promove essa concentração onde não precisa e a escassez onde deveria ter mais policiais.

Para o ano tem eleição e alguns não gostam que se faça essa relação entre o ano eleitoral e os assaltos a bancos em Alagoas – e não só em Alagoas, mas na Paraíba e em Pernambuco também.

Todavia, não dá para separar ainda que não se possa generalizar; alguns assaltos podem não estar relacionados, mas a maioria deles sim.

Aliás, a própria polícia alagoana já prendeu “políticos” envolvidos com os assaltos e tem sido até camarada quando aponta a responsabilidade em apenas um assalto – quando foram todos os assaltos a determinada agência bancária na região da Mata.

A pergunta é simples: como alguém que nada tinha aparece de repente com uma liquidez de 5 milhões de reais para comprar um mandato de deputado?

É claro que, se não acertou na loteria acumulada, o dinheiro é produto de ações criminosas.

E com as divisas de Alagoas sem fiscalização, ou melhor, com fiscalização concentrada apenas nas margens das rodovias, o convite aos bandidos está feito.

Em Pariconha, por exemplo, só tem uma entrada e uma saída. Ou volta-se para Maria Bode, em Água Branca, ou segue-se para Tacaratu-PE atravessando o Moxotó.

Mas, convenhamos, com apenas dois policiais não dá para reagir.

COMENTÁRIOS
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  1. Revoltado

    A violencia é só em Alagoas esses povo não viajam para ver as outras cidades e ficam criticando e falando besteira. recentimente vim de Natal e vi como estar a violencia lá na cidade da copa. Tudo bem que todos gostaria de ver Alagoas fora disso mais ela tbm é BRASIL DO PT.

  2. M Silva

    A sociedade organizada, faz de conta que o estado, oferta segurança à toda populaçao, enquanto isso, fazemos de conta que temos segurança, educação e saúde. E não é culpa só do executivo. A situação na PM, é pior do podemos imaginar.

  3. como pé-de-cobra

    caro bob, polícia nessas cidadezinhasde alagoas, é como pe-de-cobra. quem ve, morre. só que ningúem vai morrer nunca, uma vez que policia na cidade é coisa rara. como rara é a presença de viatura, hoje, quase todas fretadas. há alguns an os, o estado ainda comprava viaturas. hoje, são todas locadas e não apenas para a segurança públic. cidade sem policial militar, delegacia igualmente carente de pessoal e com um delegado que aparece mais do que trabalha, esperar o que. por isso, a marginalidadde deita e rola. é triste, porém, verdade.

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